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                O jeito Veja de fazer jornalismo 
                       sábado, outubro 16, 2004 
            
             
                     Há quem ainda acredite no jornalismo. Perdi minha fé há tempos. Pelo menos no que diz respeito ao jornalismo das grandes corporações de mídia. Esse tipo de jornalismo não tem nada a ver com a defesa da coisa pública ou com uma livre tribuna para que os anseios das pessoas seja representado ou debatido. É apenas uma ferramenta de perpetuação do status quo de uma elite, veículo de pré-conceitos, defesa de interesses escusos e muito, mas muito cinismo mesmo. Não à toa os veículos tradicionais impressos de comunicação vêm perdendo leitores no Brasil. Não têm credibilidade, não são honestos com seus leitores. Por isso, minguam...
 
 A matéria de capa da Veja São Paulo desta semana retrata bem isso. Alecsandra Zapparoli e Alessandro Duarte assinam o texto (e outros seis aparecem como colaboradores) que se propõe a avaliar 17 áreas estratégicas da cidade de São Paulo. Mas como tudo que sai da Veja, é material arquitetado em reunião de pauta, com resultado pré-estabelecido, com o intuito de dar à elite paulistana a certeza de que a revista está do seu lado, na luta pela derrubada da gestão mais democrática e justa que São Paulo já teve em décadas. Os oito repórteres já saíram da redação (se é que saíram...) com a pauta montada, definida.
 
 A mídia paulistana (grupos Folha, Estado e Abril à frente) trabalha na surdina, sob o manto da objetividade e isenção, como cavalo de batalha da candidatura Serra. Não pelo que o candidato do PSDB tem para contribuir para a cidade, mas sim pelo medo de ver o PT no poder por mais quatro anos na maior cidade da América Latina, trabalhando para criar condições mais humanitárias para uma parcela da população que só vira notícia quando há crime ou tragédia.
 
 A tal avaliação da Veja SP é feita sob a ótica da elite, de quem anda de carro, de quem paga imposto alto porque ganha mais, de quem acha que a violência diminui com a construção de prisões e não de escolas. A Veja não anda de ônibus, mas de carro com ar-condicionado. Nunca foi à Cidade Tiradentes, no máximo à Freguesia do Ó (pra ir ao ótimo Frangó). Quer segurança, impostos baixos e pouca interferência da administração pública pra poder continuar desfilando com seus relógios Breitling, levar a família pra Miami e usar a cidade como se fosse seu quintal. A elite, com a Veja, mostra sua cara, e ela não é das mais bonitas...
 
 O jornalismo de fé, irmão camarada passa longe das grandes (sic) redações. Migrou para outros veículos, não-corporativos em sua maioria, para fanzines, jornais-murais, rádios comunitárias, blogs, até emails! Fragmentou-se. A comunicação está mudando de pele. Que assim seja.
  
             
                     # Jorge Cordeiro @ 19:43 
            
            
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