Descobertas
segunda-feira, dezembro 27, 2004
Dois figuraças em sintonia fina Croco Press
Estou prestes a viajar para o Guarujá (reveillon tem que ter praia...), mas ainda dá pra mais um tópico, desta vez sobre as descobertas que fiz em 2004. Vamos a elas:
* Os Incríveis e Shrek 2 - Filmes de animação espetaculares. São o futuro do cinema.
* Carlota Joaquina e Peixe Grande - Os dois melhores filmes que vi este ano. Marieta Severo e Ewan McGregor estão sensacionais.
* As duplas Pete Townsend e David Gilmour (The Forgotten Jokers), Pete Townsend e Ronnie Lane (Rough Mix) e Ronnie Lane e Ron Wood (Mahoney's Last Stand) - boas aquisições feitas pelo Soul Seek.
* A série The Blues, que está passando no GNT toda sexta-feira, à meia-noite, com reprise no domingo, às 16h30 - documentários que explicam a alma da música do século 20.
* Os quadrinhos lançados pela editora Conrad, sob o selo Território HQ - é a volta dos bons títulos às bancas, de Freak Brothers (Gilbert Sheldon) a Blues ou América (ambos de Robert Crumb); de mangás estilosos como O Vampiro que Ri a trabalhos históricos como Palestina, território ocupado (Joe Sacco).
* Decepção com o portal Nomínimo - continuo assíduo leitor dos caras, os textos são brilhantes, mas estão ficando cínicos e debochados, tudo para marcarem posição contra o governo Lula. Quando contam boas histórias são infinitamente melhores do que quando fazem análises.
* Democracia não tem nada a ver com justiça. Não adianta fazer um bom governo se não souber vendê-lo para a população. A Marta que o diga... Democracia é conversa para boi dormir. Quem manda mesmo é o andar de cima. E salve-se quem puder!
* Os blueseiros Son House, Rosco Gordon e J.B. Lenoir. Já tinha ouvido falar deles, mas não tinha intimidade com o som. É coisa de outro mundo. "John, the Revelator", cantado 'a capella' por Son House, não sai da cabeça... (quem quiser, mando uma cópia do MP3, é só pedir.)
* Interpol, Franz Ferninand, Kings of Leon, Libertines, Strokes, blá, blá, blá... Aí entra o bom e velho Public Enemy estourando as caixas de som: DON'T BELIEVE THE HYPE!!!
* Desperate Wives (do mesmo roteirista de Sex and The City), Extreme Makeover, Queer Eye For a Straight Guy e Absolutly Fabulous (com a excepcional Jennifer Sounders) são imperdíveis!
Mais uma vez, Feliz 2005 a todos!!
# Jorge Cordeiro @ 11:03
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Que venha 2005!
domingo, dezembro 26, 2004
Quando um homem morre, é como se uma biblioteca inteira se incendiasse, diz um antigo provérbio africano (de que parte da África? não sei...) E quando um jornalista morre?
Termino o ano um tanto quanto melancólico, enfurnado na minha nova casa em meio a caixas, gatos (a Marie fugiu, mas está na vizinhança) e dúvidas em relação ao futuro, principalmente o profissional. Não consigo me firmar no jornalismo, isso me incomoda. A volta ao mundo das redações, por cinco semanas na sucursal d'O Globo - depois de cerca de dois anos de assessoria na Prefeitura de SP - só aguçou minha vontade de ser repórter, contar boas histórias. Ficou um gostinho de quero mais.
Mas enfim, hora de tocar outros projetos, o livro do sr. André (que tenho que entregar até setembro de 2005); um outro livro que quero fazer com minha amiga Maria Alzira, sobre a história da cachaça (contada a partir de velhos alambiques); e agora um roteiro para um curta baseado num conto muito legal do Edgar Allan Poe chamado O Homem da Multidão. Li tempos atrás, é fascinante, e agora vou tentar estrear com o pé-direito nessa outra seara, a dos roteiros cinematográficos... Fiz uma rápida pesquisa na Internet e encontrei uma interessante página sobre roteiros de cinema - se souberem de outras, deixem aqui a dica!
Bom, é isso.
Nos vemos em 2005!!
# Jorge Cordeiro @ 18:40
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Traduttore, Traditore
sexta-feira, dezembro 24, 2004
A animação do ano! :) Aumentem o som!
# Jorge Cordeiro @ 11:04
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Vergonha no Prêmio Esso 2004
terça-feira, dezembro 21, 2004
Na cerimônia de entrega do Prêmio Esso 2004, semana passada, jornalistas dos principais veículos do país deram vexame. Coleguinhas de renome vaiaram Renan Antunes de Oliveira, do jornal Já, do Rio Grande do Sul, por ele ter recebido o prêmio de melhor reportagem do ano. Motivo? Ciúmes pelo fato do vencedor ser de um modesto jornal gaúcho - tiragem de 700 exemplares - e não de um dos gigantes diários do eixo Rio-São Paulo. Os barões do jornalismo não sabem mesmo perder... Pouco antes da premiação, representantes do Estadão, Folha e Veja enviaram protesto aos organizadores do evento, criticando os critérios de avaliação das reportagens.
Vergonhoso...
# Jorge Cordeiro @ 19:57
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Bush Jr. e sua obra
segunda-feira, dezembro 20, 2004
Bush Jr. foi eleito o homem do ano pela revista Time. Eis aqui parte de sua grande obra em 2004...
Enquanto isso, um movimento busca apoio na Internet para pessoas que se recusam a prestar serviço militar e a matar civis. Vale a visita.
# Jorge Cordeiro @ 09:28
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Suas majestades Linux e Queen
quarta-feira, dezembro 15, 2004
Estudo diz que o Linux é melhor que outros softwares proprietários, como o Windows. Novidade...
E o Queen vai voltar à ativa com Paul Rodgers nos vocais. Longa vida à rainha!
# Jorge Cordeiro @ 19:21
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Internet x mídia tradicional
domingo, dezembro 12, 2004
É, parece que a imprensa tradicional vai ter que se reinventar para conseguir se manter competitiva em relação à Internet... O artigo de Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa, deixa claro a necessidade de mudanças significativas para que a imprensa como conhecemos hoje não seja engulida pelas mídias digitais. Afinal, jornais e revistas hoje estão cada vez mais elitistas e é justamente esse segmento da sociedade que está debandando de mouse e cuia para o ciber-espaço. Da mesma forma que a TV não acabou com o rádio, mas o transformou radicalmente, a Internet está chacoalhando as empoeiradas estruturas da mídia em papel. O que vai sair daí? Mistéééério...
# Jorge Cordeiro @ 01:03
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The Blues
sábado, dezembro 11, 2004
Eu ia escrever sobre a arruaça que um bando de papais noeis bêbados aprontou no País de Gales ou sobre o estudo realizado por médicos americanos que descobriu o efeito tranquilizante dos videogames em crianças, mas depois de assistir ao primeiro filme da série The Blues, nesta madrugada, no GNT, não tem como falar sobre outra coisa.
Produzido pelo diretor Martin Scorcese, a série traz sete filmes de cerca 1h45min, cada um dirigido por um diretor diferente. O primeiro, entitulado Feel Like Going Home, foi dirigido pelo próprio Scorcese, capitaneado pelo guitarrista Corey Harris, a quem eu não conhecia e, desde já, sou fã. A história dos precursores do blues do delta do rio Mississipi nos é contada por meio de imagens de arquivos, gravações antigas e recentes, entrevistas e apresentações ao vivo de feras do naipe de John Lee Hooker, Son House, Otha Turner, Taj Mahal, Muddy Waters, Robert Johnson, Willie King e Lead Belly, além de guitarristas do Mali como Salif Keita, Habib Koité e o grande Ali Farka Toure.
Um dos grandes trunfos desse primeiro filme são as gravações feitas com grandes nomes do blues na década de 1940 pelo pesquisador Alan Lomax. Lomax era um tarado por música, principalmente a folclórica, e saiu pelo mundo registrando a diversidade musical, para nossa sorte. Se não fosse por ele, a história da música certamente seria mais pobre hoje. "Para saber para onde vamos, é preciso saber de onde viemos..."
O próximo filme será The Soul of a Man, dirigido por Wim Wenders. Vai ser difícil eu sair de casa sexta-feira à noite nas próximas seis semanas...
# Jorge Cordeiro @ 02:07
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...e a Sofia também!
quarta-feira, dezembro 08, 2004
A Ana fez ultrassom hoje, três meses de gravidez, e o doutor Sang, sacana toda vida, foi taxativo: é menina! "Deu pra ver?", perguntei. "Não, ela tá meio de costas, mas tenho 90% de certeza de que é menina". "Por que?" "Pela teimosia dela em ficar de costas!" Risos gerais na salinha da clínica! Não sei explicar o que senti naquela hora. De repente, já estava imaginando ela nascendo, eu fotografando na sala de parto a chegada daquela figurinha linda em 15 de junho de 2005 (data prevista), as madrugadas insones, cólica, muita funchicória na chupeta, a interação dela com o Martim, ele com um pouco de ciúmes, ela aprendendo a engatinhar, o Martim inventando um monte de apelidos pra ela, as visitas de familiares, todos babando para o pingo de gente no berço, os gatos fazendo plantão na porta do quarto do bebê (como fizeram com Martim), curiosos com aquele choro que parece miado de gato no cio, as sadias discussões para decidir se é o pai ou a mãe que parece mais com ela, a empolgação inicial de se preencher aquele livro do bebê, com as medidas, os pesos, as primeiras palavras, as milhares de fotos - digitais ou não -, a manhã na hora de dormir, esquenta papinha, ferve o leite, compra mais fralda porque acabou (mas tem que ser noturna!!), os cuidados dos primeiros banhos, a farra num domingo de sol no parque... E isso é só o começo!
É, vai ser divertido!!
Bem-vinda, Sofia!!
# Jorge Cordeiro @ 19:10
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Darwin estava certo!!
terça-feira, dezembro 07, 2004
Jorge Henrique Cordeiro (circa 1971) Croco Press
Martim Morelli Cordeiro (2004) Croco Press
Há quem discuta e até discorde das teorias de Charles Darwin, mas vendo essas duas fotos acima não tenho dúvidas: o cara tava certíssimo!! A evolução existe, graças aos céus!! A primeira foto é minha (claro...), quando eu tinha acho que uns três anos. A debaixo é do meu filho, com 1 ano e 8 meses. Sem querer me gabar, mas o moleque é galã... :) E a cara do pai!!
# Jorge Cordeiro @ 03:26
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Paint it Black (Aftermath - 1966)
sexta-feira, dezembro 03, 2004
Sexta-feira chuvosa, subindo a Consolação, ouvindo Stones...
"I see a red door and I want it painted black
No colors anymore I want them to turn black
I see the girls walk by dressed in their summer clothes
I have to turn my head until my darkness goes
I see a line of cars and they're all painted black
With flowers and my love both never to come back
I see people turn their heads and quickly look away
Like a new born baby it just happens ev'ry day
I look inside myself and see my heart is black
I see my red door and it has been painted black
Maybe then I'll fade away and not have to face the facts
It's not easy facin' up when your whole world is black
No more will my green sea go turn a deeper blue
I could not foresee this thing happening to you
If I look hard enough into the settin' sun
My love will laugh with me before the mornin' comes
I see a red door and I want it painted black
No colors anymore I want them to turn black
I see the girls walk by dressed in their summer clothes
I have to turn my head until my darkness goes
Hmm, hmm, hmm,...
I wanna see it painted, painted black
Black as night, black as coal
I wanna see the sun blotted out from the sky
I wanna see it painted, painted, painted, painted black"
# Jorge Cordeiro @ 23:30
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