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                Sinistro 
                       sexta-feira, novembro 11, 2005 
            
             
                      
  Um dos papas do jornalismo investigativo, o americano Seymour Hersh, participou recentemente de uma conferência na Rutgers University em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Segundo relatou Antônio Brasil, articulista do Comunique-se (só para cadastrados) que esteve presente à palestra, Hersh fez previsões sombrias sobre as possíveis conseqüências da tresloucada aventura americana em solo iraquiano. Seguem:
 
 >"As denúncias sobre Abu Grabi e as humilhações sexuais dos prisioneiros nos colocaram em uma situação muito difícil perante o mundo árabe. Nossa cultura valoriza a culpa. A cultura árabe valoriza a vergonha. Alguns desses prisioneiros não podem mais voltar às suas comunidades. Alguns pedem para serem mortos antes de serem libertados. Criamos uma geração de inimigos poderosos dispostos a tudo".
  Nesse ponto, Hersh aproveitou para comentar uma conversa com uma das suas muitas fontes nas agências de informação e inteligência internacionais. Um de seus "contatos" no Mossad, o serviço secreto israelense, teria dito a Hersh que “nós, os israelenses, jamais teríamos feito o que vocês fizeram em Abu Grabi. Vocês não imaginam o mal que fizeram. A cultura árabe valoriza muita a vingança. Talvez eles esperem uma, duas, talvez três gerações. Mas alguns dos descendentes desses prisioneiros árabes certamente vão bater na sua porta e dizer: o seu avô, um dia, há muitos anos, no Iraque, humilhou o meu avô. Agora, é o meu dever vingá-lo". Você pode imaginar o clima ainda mais sombrio no grande auditório da universidade americana.  
             
                     # Jorge Cordeiro @ 21:22 
            
            
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