Sai Johaben, entra Pornô
segunda-feira, março 06, 2006
Sempre fui fã do Zé Rodrix músico, principalmente do trio Sá, Rodrix & Guarabyra (dentro da baleia vive mestre Jooonnaaaaaaaaaaas...), e agora que terminei mais um livro da sua trilogia sobre o templo de Jerusalém, passei a ser também fã de sua porção escritor. Acabei de ler o volume de estréia Johaben, a história da construção em 1000 a.C. do templo em Jerusalém por Salomão, filho de Davi, rei de Israel. Antes, tinha lido o Zorobabel, que é o segundo pela ordem normal (li antes porque descobri antes, fazer o quê?), que se passa 500 anos depois, no tempo de Ciro, o grande monarca persa e outras figuras menores da história antiga.
Quando soube que estava fazendo essa trilogia, imaginei algo mais pop, afinal, o cara foi um dos artífices do hilário Joelho de Porco! Qual não foi minha surpresa quando me deparei com textos primorosos, em gosto e estilo finíssimos, costurando tramas por entre fatos reais e outros nem tanto. São romances históricos de primeira, que nada ficam a dever a mestres como o finlandês Mika Waltari - que por sinal, Rodrix adora e tem como fonte inspiradora. Segue um trecho de Johaben:
Atravessamos primeiro um mar de pequenas casas construídas umas ao lado das outras, tão juntas que era quase impossível individualizá-las, e depois a linha de alicerces das muralhas da Jerusalém de Salomão, seguindo a trilha que era a continuação natural da estrada que tínhamos percorrido desde o mar, e dirigimo-nos para um grande outeiro um pouco mais à frente, atravessando uma horda desordenada de trabalhadores que carregavam pedras e as assentavam entre poeira e alarido insuportáveis. Eu cuidava que fôssemos encontrar Salomão da Judéia em seu palácio, mas os dois cocheiros se dirigiram para o alto desse outeiro, onde era maior ainda a azáfama dos obreiros, e lá, em um carro de combate puxado por quatro belíssimos cavalos negros, um homem de meia altura, cabelos anelados, barba incipiente mas muito cerrada, trajando uma curta túnica de pano branco, que se completava com um manto colorido e um turbante de pano enrolado na cabeça, cuja parte de cima era um capacete oval de metal amarelo. Seu peito era protegido por uma couraça de couro grosso incrustada em prata com as mesmas estrelas de seis pontas que ajaezavam seus cavalos. À sua volta estavam muitos outros hebreus de todas as idades, alguns mais atléticos que outros, mas todos, fossem operários, soldados ou sacerdotes, ouviam suas palavras com respeito e tratavam-no com uma deferência toda especial
Rodrix agora prepara o terceiro e último livro dessa trilogia, sobre um traidor que destrói definitivamente o sonho de construção do templo. Quando o entrevistei tempos atrás, acho que chegou a me dizer o nome da nova obra, mas não lembro mais. Memória gasta, eitcha!.
Um dos grandes baratos das obras do Rodrix são as bibliografias ao final, preciosidades que ele coletou durante anos de pesquisas - são livros, documentos, páginas na internet e fóruns de debate online, tudo compartilhado com o leitor. Além de mostrar o embasamento e fidedignidade dos textos, com toda sua engenhosidade, encaixando personagens fictícios a fatos históricos sem deixar a menor aresta, promove a circulação da informação. "Não acho justo fazer segredo desse material todo, quero mais compartilhar a informação", disse ele quando do lançamento de Zorobabel.
Pois é, mas enquanto Zé Rodrix não lança o terceiro volume da trilogia, vou dar um gás no Pornô, de Irvine Welsh. Já falei dele aqui, é a história do pessoal de Trainspotting, só que dez anos mais tarde. Já li o primeiro capítulo e acho que vou me divertir à vera. O quinto livro do ano vai ser lido rapidinho, rapidinho...
# Jorge Cordeiro @ 23:41
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