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Chegamos enfim a Juazeiro do Norte, no Ceará, terra de Padim Ciço! Foram pouco mais de 500km de Campina Grande (PB) até aqui, e eu novamente dirigi o caminho todo com a Dobló. Estou exausto e vim ao cyber só para pegar o mailing da imprensa daqui de Juazeiro pra chamar a reportaiada pro nosso evento de amanhã com o balão - e aproveitei claro pra deixar mais um post sobre a viagem. O pessoal aqui parece que já sabe que vai rolar o balão do Greenpeace (deve ter dado em alguma rádio local) porque muitos viam a picape com o embrulho verde e comentavam no Centro da cidade: "o balão chegou! olha o balão!" Gostei de Juazeiro do Norte, cidade simpática, bonitinha e arrumada. A viagem foi relativamente tranqüila, pegamos trechos ótimos de estrada e outros em que parecia que estávamos na lua, pela quantidade de crateras na pista. Logo na saída de Campina Grande, fomos parados numa blitz da Polícia Rodoviaria Federal, na altura de São José da Mata, e o policial baixinho, gordinho e de bigode (a cara do sargento Garcia do Zorro) foi logo direto ao assunto: "Vocês estão vindo de Belo Horizonte, é? (as placas dos nossos carros são de BH, coisas da Localiza) Viajando muito? Então deixe um cafézinho pra nós". Recusei, disse que estava sem um tostão no bolso e liberou muito a contra-gosto. Ê Brasil... Passamos por paisagens bem diferentes do que estamos acostumados a ver pela TV aí no sul maravilha; muito verde, vales bonitos e cidadezinhas pacatas e humildes, mas não miseráveis. Um dos pontos altos foi quando passamos pela Chapada do Araripe, terra dos índios kariris, já próximo a Juazeiro do Norte. As pessoas nos olhavam como se fossemos parte de alguma caravana de circo ou comboio de artistas, davam tchauzinho e tudo. Na estrada, todo cuidado era pouco com os animais que apareciam no acostamento e, às vezes, cruzavam a pista. Jegues, carcarás, lagartos, cachorros, bodes, cabras, bois, vacas, tinha de tudo. Almoçamos em Piancó, no restaurante Sertanejo. Prato comercial a R$ 10, para duas pessoas, feijão, arroz, costela, frango e cuscuz honestíssimos! Na saída da cidade, demos de cara com uma multidão de pessoas vindo em direção contrária na estrada, estavam a caminho do cemitério para enterrar alguém. Os quatro carros parados, as pessoas passando e olhando pra gente, foi meio esquisito... Bom, hora de jantar, vou detonar um baião de dois e um arrumadinho! inté!! # Jorge Cordeiro @ 20:32 Estou atrasado nas atualizações aqui, mas só agora sobrou um tempinho extra pra eu poder contar um pouco dos bastidores da expedição Brasil Não É Nuclear, da qual estou participando. Já estou em Campina Grande, na Paraíba, capital brasileira do forró e das festas de São João (há controvérsias, Caruaru em Pernambuco também reivindica o título), onde fizemos a apresentação do balão mais cedo. Foi no Parque do Povo, local onde rola a gigantesca festa junina da cidade. O sol estava muito foda e tivemos que baixar logo o balão porque ele está se esgarçando. É, o balão tá morrendo, já está com mais de 12 anos (velhinho, velhinho...) mas guerreiro que é, vai aguentar até o final, com certeza! Saímos de Salvador no domingo de manhã, rumo a Recife, numa viagem de cerca 900km, passando pelo norte da Bahia, Sergipe, Alagoas e, finalmente, Pernambuco. Além da picape que carrega o balão e os dois Palios Weekends, alugamos na capital baiana mais um veículo, desta vez um Dobló, para dar conta das bagagens de mais três voluntários do Greenpeace (Gilmar, Atualpa e Tatiana) que subiram a bordo em Salvador. Os voluntários e carro ficarão conosco apenas durante a parte nordestina da expedição. Vamos deixá-los em Salvador quando estivermos descendo para o sul maravilha. Decidimos ir para Recife pelo litoral, para curtir o visual e assim pegamos a Estrada do Côco rumo a Aracaju, onde almoçamos (na verdade, foi numa espelunca na beira da estrada, a 5km da cidade, mas enfim...). Energias repostas, voltamos à estrada e fomos brindados por um pôr-do-sol belíssimo na travessia do rio São Francisco por balsa, entre as cidades de Santana do São Francisco e Penedo, em Alagoas. Chegamos a Maceió no início da noite, depois de passar um sufoco para achar um posto de gasolina que aceitasse cartão de crédito. Quase ficamos sem combustível... E ainda pegamos um grande engarrafamento na entrada da cidade – era o pessoal voltando do feriado da Semana Santa. Ficamos num hotel na praia de Pajuçara e só tivemos tempo de ir a uma pizzaria perto, para jantar. Na manhã seguinte (segunda-feira), logo cedo, pegamos novamente a estrada. Tínhamos o dia inteiro para viajar até chegar em Recife, mas mesmo assim estávamos com pressa. Isso porque queríamos almoçar e dar um tchibum em Porto de Galinhas, e assim foi. Show de buela! Em Recife, o evento aconteceu na UFPE, sob um calor senegalês. Não tinha muita gente, era feriado e não tinha aula na universidade, mas mesmo assim valeu. A TV Globo local entrevistou um dos ativistas da expedição ao vivo para o NE TV, matéria que foi reprisada no jornal da noite. De Recife até Campina Grande foi tranquilo, dirigi a Dobló pelos quase 300km de estrada e ela foi bem até demais. Bom carro, espaçoso, confortável. Tudo bem que o motor de 1.3 deixa a desejar nas ultrapassagens, mas nada que não possa ser remediado, desde que o piloto seja bom... Agora, é descansar um pouco para enfrentar uma das partes mais difíceis da viagem. Vamos para Juazeiro do Norte, no Ceará, e depois para Juazeiro, na Bahia. Estaremos no meio do polígono da maconha (passaremos pela famosa Cabrobró) e todo cuidado é pouco. Temos que viajar em comboio e evitar a noite. Depois eu conto como foi. Seguem abaixo algumas novas fotos!  Em Porto de Galinhas: Fluffy, Verônica, Luiz Paulo (o balonista), Paulinho (ajudante dele), eu e Tati. Croco Press  Atravessando o rio São Francisco de balsa. Esse aí é o Dobló guerreiro! Croco Press  Na balsa do rio São Francisco: Latha, Fluffly, Madá, Verônica, VideoX e Tati Croco Press  Eu, mais vermelho do que nunca!! Croco Press  A balsa do Velho Chico chegando a Penedo Croco Press  Barcos atracados num pequeno ancoradouro na margem do rio São Francisco em Penedo (AL) Croco Press  Balão no Parque do Povo, em Campina Grande. Croco Press # Jorge Cordeiro @ 18:50 Ah, Salvador! O evento hoje aqui na terra santa foi sen-sa-cio-nal!! Colocamos hoje de manhã o balão em frente ao parque pituaçu e da praia de mesmo nome e os soteropolitanos compareceram em massa. Quem passou de carro parou para dar seu apoio e veio gente da praia também. Até turistas franceses, ingleses e suecos apareceram e fizeram questão de deixar uma mensagem contra a retomada do programa nuclear brasileiro. O sol tava de lascar, estou vermelho pacas, mas valeu à pena. A imprensa cobriu legal o evento, apesar de ser feriado de Semana Santa. Teve um caso engraçado: um reporter da rádio Tropical estava na praia, viu o balão e ligou pra redação avisando que iria fazer uma matéria com a gente, o que fez de sunga e chinelo mesmo! Jornalista é isso aí! Ontem à noite jantamos moqueca de camarão na Casa da Dinha, em Rio Vermelho. Hoje vamos ao Pelô. Amanhã cedo repetimos a atividade no mesmo local em Pituaçu. Vai ser o dia inteiro - das 8h às 11h e das 15h às 18h. Ainda não sei quando partimos para Recife, se domingo ou segunda-feira. Se formos no domingo, dá tempo de parar em Porto de Galinhas para um mergulho e umas casquinhas de siri... :) # Jorge Cordeiro @ 18:42 O evento em Caetité (BA) ontem (quarta-feira) foi uma festa. Apesar do forte vento ter impedido do balão subir, a população da cidade compareceu em massa. Muitas crianças e adolescentes das escolas próximas apareceram e mostraram-se bem interessados no que o pessoal do Greenpeace tinha para falar sobre os perigos da retomada do programa nuclear brasileiro. Caetité tem uma mina de urânio, minério com o qual se faz o combustível nuclear, e a população local vive com medo de que algo aconteça como em Goiânia em 1987, quando apenas 17 gramas de Césio-137, um refugo do urânio, matou umas 20 pessoas e contaminou centenas de outras. A mina de Caetité tem cerca de 100 mil toneladas de urânio, é uma das maiores do mundo. É lá que se faz o tal yellow cake para posterior enriquecimento e uso nas usinas de Angra. Na hora do almoço, corri para o cyber-café da cidade para mandar texto e fotos para o site do Greenpeace - a matéria e as fotos do evento em Caetité já estão no ar. Duas horas e meia depois, pegamos a estrada novamente, rumo a Salvador, passando por Brumado, Vitória da Conquista e Feira de Santana - quase 900km de Caetité à capital baiana. Os primeiros cem quilômetros é como se estivéssemos na lua, dada a quantidade de crateras na estrada. Chegamos em Salvador pouco depois das duas da manhã de hoje, quinta-feira. Como não houve atividade, pudemos dormir até mais tarde (meio-dia). Passamos a tarde em Itapoã com cervejinha, queijo coalho, carne de sol e papo furado. Fomos no final do dia vistar o Parque Pituaçu, onde o balão será inflado amanhã e sábado. Seguem abaixo algumas fotos da viagem entre Goiás e Minas, e também da festa em Caetité. Amanhã finalmente apresento alguns dos malucos que estão nessa aventura comigo. Inté!  Ultrapassar esse bichão na estrada dá um trabalho... Croco Press  Plantação de soja transgênica Roundup da Monsanto na beira da estrada entre GO e MG. Deu vontade de jogar cigarro aceso ali... :) Croco Press  A pacata cidade de Caetité (BA) Croco Press  Catedral de Nossa Senhora de Santana, em Caetité Croco Press  Caetité parou para ver o balão do Greenpeace Croco Press  Lula vai receber muita mensagem contra Angra 3 da molecada de Caetité Croco Press # Jorge Cordeiro @ 19:02 Acabo de chegar da ´balada´ de Caetité, estávamos no Bar do Sinvaldo, aqui perto do hotel. Cervejinha gelada e sinuca pra relaxar, após mais cerca de 400km de Montes Claros até aqui. Viajamos o dia inteiro, atravessando o rio das Velhas. Estrada péssima, cheia de buracos. Dirigi de Montes Claros até um restaurante na beira da estrada bem na divisa de MG e BA, onde almçamos. Pauleira, mas Bob Marley aliviou a viagem. "I´m a rebel, soul rebel!!" Chegamos no final da tarde totalmente moídos e, como a luz estava ótima, circulei pela praça da igreja de Caetité pra fazer umas fotos. Tinha gente pacas e descobri que era um enterro de um garoto de 14 anos que se suicidou com a arma do pai. Que descanse em paz. A cidade inteira já está sabendo do balão do Greenpeace, vários vieram falar com a gente perguntando a que horas aconteceria e onde. As rádios aqui estão anunciando o balão há três dias!! Sucesso total, vai ser uma festa amanhã no Campo do Gambá, um morrinho de onde dá pra ver a cidade inteira. Talvez façamos também algo em frente da mina de urânio que fica a 43km daqui, mas não está nada certo. Parece que a TV Globo de Vitória da Conquista já confirmou presença aqui amanhã cedo. Bom, quando eu for ao cyber-café daqui (sim, a cidade tem um!!) passar pro Greenpeace a matéria e as fotos sobre a passagem do balão em Caetité, coloco algumas delas aqui procês. Agora vou dormir porque estaremos de pé às seis da matina!! # Jorge Cordeiro @ 01:18 Depois de mais de 800km e 13 horas de viagem (saímos às 9 de Goiânia e chegamos pouco depois das 22h), chegamos a Beuzonte, a cidade mais neo-naíba do país. Jequice pouca é bobagem. E como tem pancadaria entre turminhas nos bares da cidade. Côdilô, sô! Estamos hospedados num 'residence service' bem simples na Savassi, bairro descolado de BH que não me impressionou nem um pouco. Tudo parece uma imensa Tijuca... :) Ontem, sábado, de manhã, colocamos o balão no marco zero da Lagoa da Pampulha a partir das 8 da matina e logo juntou uma muvuca. Todo mundo que passava por ali, mesmo que no meio do seu melhor tempo no copper, dava uma paradinha pra ver o balão e aproveitava para deixar uma mensagem para o presidente Lula contra a construção de Angra 3. O dia estava meio nublado, mas quente que só. Alguns subiram no balão - que fica preso por cordas e sobe, no máximo, uns 15 metros - e outros preferiam ficar embaixo tirando fotos. Com o sol a pino, baixamos o balão e fomos almoçar num 'serve-serve' show. A idéia era colocar o bicho no ar de novo a tarde, mas choveu. Hoje (domingo) de manhã, mais chuva e agora tentaremos fazer algo a tarde, também na Pampulha. Amanhã de manhã também deve rolar algo, só que em local ainda a ser definido. Vamos ver se o tempo colabora. Na terça de madruga, seguimos para Caetité, no interior da Bahia, local da mina de urânio que abastece as usinas nucleares de Angra. Serão mais de 800km de estrada - se é que podemos chamar aquilo de estrada... Entre Goiânia e BH, dirigi os últimos 250km, após almoçarmos em frente ao rio São Francisco no rancho Mar Doce. Peguei o trecho final já de noite. Além da pista ser terrível, cheia de buracos e estreita, o trânsito de caminhões é intenso, principalmente carregando carvão vegetal. Um deles tombou na estrada, estava a mil por hora e não conseguiu fazer uma curva. Mas no geral não vimos muitos acidentes, o que para a situação geral, é até surpreendente. Que se mantenha assim, porque a qualidade das estradas daqui por diante só tende a piorar... Tenho umas fotos para postar, mas não sei porque o Hello não tá funcionando... E como estou numa lan-house meio carinha, vou deixar pra subir as imagens depois. # Jorge Cordeiro @ 12:22 O pessoal aqui decidiu viajar pra Belô apenas amanhã cedo, então sobrou um tempinho pra postar umas fotos. Ei-las!  A parada pro almoço na estrada entre Anápolis e Goiânia Croco Press  A picape que transporta o balão na cola da gente na estrada Croco Press  Essa área mais cinza da foto é um puta paredão de chuva pelo qual a gente passou na estrada Croco Press  Esse é o céu do centro-oeste Croco Press  Lulinha Nuclear e o balão Croco Press # Jorge Cordeiro @ 16:29 Estou zarpando já já de Goiânia rumo a Belo Horizonte - mais 800 km de estrada. Não dá tempo pra contar muita coisa hoje, mas o balão fez o maior sucesso aqui na capital goiana, um monte de gente apareceu na praça do Trabalhador, vários subiram no balão e deixaram sua mensagem contra a construção de Angra 3 no banner que estamos levando de cidade em cidade. Tô devendo mais fotos, acho que em Beuzonte vou ter mais tempo. Inté!! # Jorge Cordeiro @ 15:07 Depois de 211 km de estrada, chegamos no início da tarde a Goiânia, com mais chuva. O balão sobe amanhã de manhã na praça do Trabalhador no Centro da cidade, se o tempo deixar. Fiz umas fotos legais na estrada, mais tarde eu posto aqui. Hoje mais cedo, fez um dia lindo em Brasília, e o balão subiu para que a TV Bandeirantes fizesse umas imagens; o repórter chegou a subir no balão - um tanto quanto receioso, mas subiu. Alguém viu algo? Me avisem e digam como ficou a matéria! Não tive tempo de ver TV ainda, e nem sei se vou... Já convoquei a imprensa goiana para o evento de amanhã, que começa às 6 da matina, pro pessoal da TV Anhanguera, pro Bom Dia Goiás. Agora vou fechar esta bagaça pra tomar um banho e sair pra jantar. Ah, no site do Greenpeace tem também um bom material sobre o dia-a-dia da expedição, vale a visita. E fiquei sabendo que o Lulinha Nuclear (personagem que nos acompanha na expedição) tem comunidade e perfil no Orkut!! # Jorge Cordeiro @ 19:06  O balão enfim inflado Croco Press # Jorge Cordeiro @ 22:43  Dando uma força pra encher o balão Croco Press Depois de alguma apreensão com as nuvens escuras que se formaram no início da tarde, finalmente conseguimos um tempo estável suficiente, sem chuva e vento, para encher completamente o balão, que subiu redondinho no céuzão de Brasília. Quem se deu bem foi o fotógrafo da Agência EsStado, Joedson (acho que é isso) porque foi o único a aparecer no final da tarde, pegando uma luz sensacional e o balão bem cheio. Deitou e rolou nas fotos. A TV Bandeirantes deve fazer umas imagens amanhã de manhã, antes de seguirmos para Goiânia, nosso próximo destino. Agora, vcs me dão licença porque vou jantar na casa de mamãe. Nada se compara à comidinha caseira de mãe, né não? # Jorge Cordeiro @ 19:33 Falaí, pessoal, cá estou para dar início a essa fantástica viagem no balão mágico... :) Depois de correr que nem um louco para entregar todos (ou quase...) frilas pendentes, acordei a família às 5 da matina (me vinguei do Martim, hehehehe) e segui para Congonhas, onde peguei avião da TAM para Brasília. Um cochiladinha depois, cá estava eu no planalto central. Dia feio, meio chuvoso, mormaço total e muito vento, o que impediu que o balão ficasse totalmente cheio... uma pena. A imprensa cobriu basicamente com fotógrafos - apenas uma repórter do Jornal de Brasília e outra da AP apareceram de manhã - que se esbaldaram com o personagem Lulinha Nuclear que fez firulas em frente ao balão, tendo o Congresso Nacional ao fundo. Estou num cyber cafe no shopping Conjunto Nacional, na correria porque ainda tenho que almoçar e voltar para lá, pro segundo round. Vamos ver se o tempo colabora e o balão pode ser inflado totalmente. Não vai dar tempo de colocar fotos agora, tento à noite ou amanhã. Tem uma galera legal aqui, ainda estou conhecendo meus companheiros de viagem, não sei os nomes ainda (sempre fui péssimo para nomes...), mas em breve apresento pra vcs. Já vi que vai ser uma dureza essa viagem, porque as duas Palio Weekend estão lotadas e serão quatro malucos em cada carro. Vou no que tiver som... :) abraços!! # Jorge Cordeiro @ 13:49 O Escriba vai cair na estrada. Estou viajando amanhã para Brasília, onde iniciarei uma longa temporada com o pessoal do Greenpeace. Vou percorrer 11.500 quilômetros Brasil afora com eles, na expedição Brasil Não É Nuclear. Serão 22 cidades em 13 estados durante quase dois meses. E de carro! Não vai ser mole não, mas estou animado. A campanha contará com um balão simbolizando o planeta Terra, que fará aparições nas cidades visitadas. A idéia do projeto é alertar a opinião pública contra a possível retomada do programa nuclear brasileiro e a conseqüente construção da usina Angra 3, no Rio. Se tudo correr bem, atualizarei o blog diariamente, contando os bastidores da expedição. Volto no início de maio pra gente tomar umas e outras no bar do Biu e botar o papo em dia! Inté! # Jorge Cordeiro @ 21:59  No pasaran! Croco Press A gravadora Sony ameaçou processar o pessoal do Beatallica, alegando que eles estão infringindo leis de direitos autorais com o projeto, caso não tirassem da Internet os sites da banda (www.beatallica.org e www.beatallica.com). O Beatallica, sobre o qual já falei aqui, é uma banda que mistura letras e músicas dos Beatles com as do Metallica. O som é uma bizarrice só, muito bem feita e bem-humorada. Nos sites, não vendiam as músicas, apenas deixavam elas disponíveis para download. As letras de músicas como I Wanna Choke Your Band, Hey Dude e Leper Madonna, era geniais e também tiveram que ser retiradas. É, parece que os tubarões da indústria fonográfica não querem saber de criatividade e, a exemplo do que tentaram fazer com o DJ Dangermouse (que juntou o álbum branco dos Beatles com o álbum preto do Jay Z, criando o fantástico Grey Album), pretendem sufocar qualquer um que tente homenagear seus ídolos do passado. Detalhe: o Beatallica se encaixa perfeitamente na categoria paródia, o que é permitido pelas leis americanas, mas os engravatados da Sony não estão nem aí. Como detentores dos direitos das músicas dos Beatles, chutaram o pau da barraca e mostraram como se faz para deter qualquer um que não aceite as regras do jogo. Mas se eles acham que somos vaquinhas de presépio, estão enganados. Como baixei todas as músicas do Beatallica antes do site deles sair do ar - assim como milhares de beatallicamaníacos mundo afora - é fácil conseguir os arquivos MP3s deles. Quem quiser, é só avisar. Ah, se você quiser dar uma força pros caras, assine o abaixo-assinado virtual que tá rolando na Internet pedindo para a Sony retirar as ameaças de processo contra a banda. É pá-pum, rapidinho... # Jorge Cordeiro @ 01:10 Essa mania de blog pega! Agora é meu irmão, o Beto, que entrou para o time dos blogueiros, com o seu O Vira Lata. Seja bem-vindo, camarada! # Jorge Cordeiro @ 20:25 A atriz Zilka Salaberry se foi... o dia começa triste... # Jorge Cordeiro @ 10:44 Não consegui um link decente para este texto que saiu domingo passado no Estadão, então resolvi dar o velho e bom ctrl c + ctrl v. O Paul Carr, autor do artigo (publicado originalmente no jornal inglês The Guardian), faz uma ligação entre os blogueiros e o recém falecido Hunter S. Thompson, criador do gênero gonzo de jornalismo. Boa sacada. Novos paradigmas no ar... É tempo de os blogueiros começarem a levar a sério suas responsabilidades. Isso significa colocar seus sapatos de repórter, sair de seus quartos, comprar um caderno de anotações e se jogar na apuração de histórias que ninguém na mídia tradicional ousaria ou se importaria em cobrir. No último dia 21, cheguei ao meu escritório e consultei nosso software de estatísticas da web para saber quem havia visitado o site do The Friday Project, editora especializada em política, mídia e atualidades onde trabalho, em Londres. Um visitante chegou a nosso site após pesquisar o Google com as palavras 'Hunter S Thompson died'. Outro pesquisou por 'Hunter Thompson how died'. O terrível fato ocorrera muito tarde no horário londrino, e eu soube da morte (provável suicídio) do excelente jornalista americano por meio de uma lista de resultados de busca. Comecei a esboçar um obituário, mas logo deparei-me com centenas de blogs e revistas virtuais que já relatavam a vida do mais famoso representante do jornalismo 'gonzo'. Para quem não sabe, esse é um estilo jornalístico que pressupõe que o jornalismo ganha em veracidade quando não observa estritamente as regras tradicionais da reportagem factual e abre espaço para um tom mais novelístico, no qual busca-se também passar ao leitor o 'humor' do local ou evento retratado. Thompson (1937 - 2005) notabilizou-se por reportar situações como parte delas. Viveu numa época em que as drogas e o álcool eram muito presentes na cultura e na sociedade americana, e seus escritos refletem isso. Um de seus livros mais famosos é Hell´s Angels (Editora Conrad). Alguns blogueiros, ao comentar a morte de Thompson, chegaram a acusá-lo de covardia por ter desistido da vida bem agora que o mundo mais precisaria dele. Bobagem. O tempo de Thompson já se foi há muito. Ele era um homem de máquina de escrever e da imprensa escrita. Como tal, precisava de uma revista ou de um jornal de grande circulação com coragem suficiente para imprimir seus textos. Esse tipo de publicação não existe mais. O mundo precisou muito de Thompson durante a era Nixon - e ele não decepcionou. Se, após 30 anos, ainda não pudemos encontrar um substituto à altura, a falha é nossa, não dele. Mas os blogueiros têm razão em uma coisa: não há um herdeiro para o trono de gonzo. Thompson era ferozmente crítico, documentou praticamente todos os aspectos de sua vida e de seu tempo, usou e abusou do fax para obter respostas de pessoas poderosas (hoje o equivalente seria o e-mail). Se ele não foi um blogueiro arquetípico, então não sei quem foi. Com a mídia tradicional, particularmente nos EUA, cada vez mais escorregadia, e os blogs se responsabilizando, mais e mais, por escândalos e furos, a morte de Thompson é o momento perfeito para que os blogueiros sejam reconhecidos como o próximo passo do jornalismo gonzo. Mas há um problema: com poucas exceções, os blogueiros são embaraçosa e pateticamente preguiçosos. Quando Thompson se interessava por uma história, ele se jogava em um avião e passava a fazer parte dela. Dê à maioria dos blogueiros uma pista numa bandeja de prata e eles, rapidamente, a publicarão sem nem mesmo fazer um telefonema. Claro, há razões para que não sejam tão dedicados ao jornalismo como Thompson foi. Primeiramente, ele foi pago por seu trabalho, enquanto blogueiros escrevem por paixão e alguma gratificação esporádica. Depois, Thompson tinha credenciais para os maiores eventos. Mas sites como Gawker e Wonkette já mostraram que existem anunciantes dispostos a patrocinar o jornalismo online em primeira pessoa, especialmente se for bem incisivo e diferenciado. Aí estão os exemplos de Baghdad Blogger e Belle de Jour. É hora de os blogueiros começarem a levar a sério suas responsabilidades. George W. Bush é nosso Richard Nixon, Google é nosso Rolling Stone. Arregacem as mangas e tornem-se profissionais. # Jorge Cordeiro @ 12:31 Chico foi flagrado por um fotógrafo aos beijos com uma linda morena na praia do Leblon. Nada demais, se não fosse ela casada e mãe de três filhos. Segundo informações que colhi no blog do Noblat, o marido está furioso e sedento por vingança. Parece que é assíduo frequentador do Bracarense. O cantor, que pode ser tudo menos bobo, sumiu de casa e, provavelmente, do país. O engraçado é que a Folha publicou a foto em algumas edições, mas voltou atrás, alegando proteger a mulher e seus filhos. Mesmo cuidado não teve quando escancarou as fotos e endereços de fotologs de jovens amigos do filho do presidente Lula que passaram férias no Palácio do Planalto, acusados de usar irregularmente avião e lancha do poder público... Dois pesos e duas medidas. Agora, alguém tem dúvida de que essa mulher já já estará nua em pêlo na Playboy? Como bem disse Al Pacino, na pele de Lucifer, no final do filme Advogado do Diabo: "Vaidade, meu pecado favorito..." # Jorge Cordeiro @ 22:09 Esqueci de avisar: acabou a votação e venceu... Sofia!! # Jorge Cordeiro @ 17:48 Não é apenas o Clóvis Rossi que tá ficando chato e ranzinza. O Guilherme Fiúza, articulista do site Nomínimo, mostra neste texto aqui como os críticos do Lula estão ficando cada vez mais calhordas. Na falta de grandes escândalos, se apegam a marolas para detonar sua verve tsunâmica e expor todo o seu mais íntimo preconceito. Bem ao estilo do classismo identificado por Ali Kamel em artigos publicados em O Globo (artigo 1 e artigo 2). # Jorge Cordeiro @ 16:05 |
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Viagem do balão - Dia 17
