Pai do LSD completa 100 anos
terça-feira, janeiro 17, 2006
Foi no último dia 11. O químico suíço Albert Hofman, descobridor do ácido lisérgico, está lúcido e pouco antes da comemoração centenária, deu esta entrevista ao New York Times. Na conversa com o repórter Craig Smith, lamentou a proibição do LSD, lembrando que produziu muitos efeitos positivos na psicanálise, e diz que já não precisa mais tomar a substância porque a conhece bem. Mas a exemplo de Aldous Huxley, escritor e filósofo inglês, pode ingerir uma última dose quando estiver no leito de morte.
Hofman vive há décadas numa casa que construiu com a mulher na Basiléia, na Suíça. Aos poucos foi parando de trabalhar com químico e se tornou um filósofo místico, graças às inúmeras experiências que teve com o LSD ao longo dos anos.
Muitos estudos sérios mostram que o LSD não causa dependência química e nunca provocou um caso de overdose. Chegou a ser testado pelo exército americano como soro da verdade e, depois que foi popularizado na década de 1960, foi proibido nos EUA e em todo o mundo como parte da estratégia de repressão aos movimentos libertários que ganharam corpo à época. Dizem que até John F. Kennedy tomou algumas doses na Casa Branca... tá no livro do Timothy Leary, o Flashbacks.
Se quiser saber um pouco mais sobre a dietilamida do ácido lisérgico (nome científico do LSD), dê uma navegada pela página do professor Hofman. Boa viagem!
Albert Hofman é a prova viva que o LSD não necessariamente derrete os miolos quando escancara as portas da percepção. Eu particularmente defendo que todo ser humano deveria ter pelo menos uma experiência psicodélica na vida - seja ela induzida por substâncias externas como o LSD ou mescalina, ou por exercícios respiratórios, meditação ou jejum. Tornaria a vida menos medíocre.
Cem anos! Parabéns procê, velhinho!
# Jorge Cordeiro @ 00:23
<< Home
|
|