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                Questão de honestidade 
                       quinta-feira, abril 20, 2006 
            
             
                     Estão levantando uma bola boa ultimamente, a de que a imprensa precisa tomar partido, dizer de que lado está, abandonando essa falsa pose de imparcialidade tão ao gosto dos barões da mídia. Fica mais fácil identificar as armadilhas (tipo, estadinho, inho inho publicando editorial com citações de Bakunin!!) e as nuances das reportagens. Afinal, da pauta à edição do texto final, há interferências inegáveis de opiniões políticas bem definidas. E o leitor precisa saber exatamente o contexto de tudo que está lendo. Que a Eliana Catanhede, articulista política da Folha por exemplo, é casada com um dos coordenadores das campanhas políticas do PSDB. Isso não a impede de exercer a profissão, claro, mas talvez não devesse escrever sobre política, a não ser que deixasse evidente seu envolvimento com A ou B, não sei, é uma discussão importante essa. 
  O Mainardi levantou a lebre de forma torpe - e tomou uma cassetada pela proa sensacional do Franklin Martins, leia aqui - mas nem por isso devemos evitar o assunto. Jornalistas são avessos a discutir sua própria atividade, suas vidas, sua ética e ainda mais resistentes são a mudanças, mas estamos chegando ao limite. São conservadores natos, invariavelmente desconfiados e céticos (o que em doses adequadas é até bom, diga-se de passagem...), chegando às raias da arrogância e soberba. Mas mal ou bem, a internet e seus blogs e toda essa nova onda de democratização da produção e circulação da informação (de fato, não apenas retórica), a Web 2.0 e sua revolução que subverte todo o sistema de propriedade intelectual, aos poucos empurra a profissão para fora do pedestal e isso é importante. Não à toa praticamente todos os grandes veículos de comunicação hoje têm blogs. Isso dá um espaço ao leitor, mesmo que reduzido à área de comentários, para ele contradizer o jornalista, já não é apenas um monólogo do autor do texto, ele pode e deve ser questionado, corrigido, zoado, lembrado, ridicularizado, elogiado. Sempre em público.
  Há quem reclame dessa exigência para que o jornalista se posicione politicamente, que saia do muro, abandone a miragem da imparcialidade e objetividade. Jornalista, acredito, tem mesmo que ter lado, deixar claro que escreve X porque acredita em Y. Fica mais fácil pra todo mundo.
  Que essa discussão perdure. Só vai nos fazer bem. 
             
                     # Jorge Cordeiro @ 11:44 
            
            
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