Sinuca de bico
segunda-feira, maio 01, 2006
A turminha do Bush Jr. deve estar queimando a mufa pra resolver um intrincado quebra-cabeça geopolítico e econômico. Afinal, quanto mais insistem nessa política beligerante, ameaçando guerra contra o Irã por conta do direito legítimo dos muçulmanos persas de desenvolverem sua tecnologia nuclear - por mais que eu não seja fã dessa tecnologia -, mais empurram o preço do barril do petróleo para as alturas. E assim, favorecem basicamente dois dos principais inimigos dos EUA: Venezuela e Irã, que têm suas economias baseadas justamente no petróleo. Sem falar na irritação extrema que provocam nos consumidores nativos, tradicionais 'beberrões' de gasosa.
Mas nada como uma guerra e seu espetáculo bélico-tecnológico pra distrair a imprensa - que bate tambores há tempos, sente falta de mais um conflito em larga escala pra se divertir - e a opinião pública em geral. A questão é: será que os EUA aguentam mais uma guerra neste momento? Irã não é um Afeganistão ou Iraque, e por isso os americanos decidiram que não invadirão o país, apenas bombardearão. Fácil, não? O problema é o revide.
Muitos, como meu sogro, defendem o ataque americano afirmando que isso impediria o Irã de ter armas nucleares e que a história ensina a agir antes que seja tarde, dando como exemplo o caso de Hitler. Ora, é um absurdo tal comparação, já que o Irã não invadiu país algum - pelo contrário, foi invadido na década de 1980 pelo Iraque então apoiado pelos EUA -, e já disse que abre suas instalações nucleares para a Agência de Energia Atômica para mostrar que sua tecnologia nuclear servirá apenas para a geração de energia, não de armas. O Irã tem a segunda maior reserva de petróleo do planeta (atrás apenas da Arábia Saudita) e usa quase a metade dela para tocar o país. Com a energia nuclear de diversas usinas, os iranianos poderiam depender menos do petróleo e exportar ainda mais, ganhando um bom din-din graças à alta do preço provocada pela carranca americana. Os caras têm o direito de se desenvolver, de crescer e de se tornar uma potência mundial, ora bolas, por que não? Ah, são fundamentalistas religiosos diz meu sogro. Ora, e os neocons que estão na Casa Branca são o que? Engraçado como nós ocidentais somos, né não? Se um país do lado de lá começa a aparecer demais, é tido como risco para nós - foi assim com a China, a Rússia, agora o Irã.
O Irã, assim como o Brasil, está procurando desenvolver sua própria tecnologia de produção de combustível nuclear para não depender de outros países na hora de alimentar suas usinas nucleares e para fazer frente a um futuro em que os combustíveis fósseis serão cada vez mais raros. Infelizmente, se as energias renováveis (biomassa, eólica e solar) não provarem na prática que podem gerar grandes quantidades de energia a preços mais baixos que a nuclear (tem alguma entidade ambientalista por lá fazendo esse trabalho de convencimento, por exemplo? Duvido...), vamos ter q conviver com uma nova era de usinas atômicas. O Irã tomou um passo decisivo nessa direção. Outros o seguirão. Com ou sem guerra.
# Jorge Cordeiro @ 11:24
<< Home
|
|
Navegando
Ãlbum de famÃlia
Urubus (ex-alunos do CPII)
High Times
Andy Miah
Wikipedia
Natural Resources Defense Council
Michael Moore
World Press Photo
Alan Moore
Filosofia Sufi
Attac
The Economist
BBC Brasil
Greenpeace
Warnet
O Cruzeiro digital
Subcomandante Marcos
Pedala Oposição
A For Anarchy
Blog-se
1/2 Bossa Nova e Rock'n'Roll
Projeto Luisa
Paulistanias
Idiotas da Objetividade
Primavera 1989
Lawrence Lessig
Fotolog da Elen Nas
A Noosfera
Blog do Neil Gaiman
Saturnália
Kaleidoscopio
Conversa de Botequim
Cera Quente
Blog da Regina Duarte
Coleguinhas
Cascata!
Insights
Mandrake: O Som e a Palavra
Cocadaboa
Academia
Viciado Carioca
Promiscuidade em Beagá
Stuff and Nonsense
Google Maps Mania
Laudas CrÃticas
Google Blog
SÃndrome de Estocolmo
Tudo na Tela
Uma Coisa é Uma, Outra Coisa é Outra
Sensações
Ovelha Elétrica
Yonkis
Totally Crap
MÃdia Alternativa
Guerrilla News Network
Revista Nova-E
Centro de MÃdia Independente
Observatório Brasileiro de MÃdia
Center For Media and Democracy
Comunix
Jornais do mundo
Disinfopedia
Agência Carta Maior
Project Censored
Stay Free Magazine
AntiWar
Red VoltaireNet
Consciência.net
Tecnologia
Electronic Frontier Foundation
Mozilla Firefox
Artigos Interessantes
Portal Software Livre BR
CNET News.com
Slashdot
Kuro5hin
Wired
Creative Commons
Engadget
Música
Downhill Battle
Soul City
Planeta Stoner
Movie Grooves
Hellride Music
Stoner Rock
Ether Music
Funk is Here
Sinister Online
Alan Lomax
Rathergood
Frank Zappa
Válvula Discos
Beatallica
Bambas & Biritas
The Digital Music Weblog
Saravá Club
8 Days In April
Violão Velho
Bad Music Radio
Creem Magazine
Detroit Rock & Roll
Afroman
Nau Pyrata
Cinema
Rotten Tomatoes
Cinema em Cena
Arquivos
setembro 2004 outubro 2004 novembro 2004 dezembro 2004 janeiro 2005 fevereiro 2005 março 2005 abril 2005 maio 2005 junho 2005 julho 2005 agosto 2005 setembro 2005 outubro 2005 novembro 2005 dezembro 2005 janeiro 2006 fevereiro 2006 março 2006 abril 2006 maio 2006 junho 2006 agosto 2006 setembro 2006 outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006
Ãltimos Artigos
O concreto rachou Cruzes Onde está Serra? Trip entrevista Alan Moore Em tempo Rumos Pichando o Air Force 1 Coisa de japonês Racional a pedidos Os Patos de Moore
|