Shackleton e outras aventuras
quinta-feira, outubro 28, 2004
Acabei de ler o livro "A Incrível Viagem de Shackleton" (editora Sextante), sobre a expedição Imperial Transatlântica organizada pelo irlandês Ernest Shackleton em 1914 com o objetivo de cruzar o continente antártico. Uma história sensacional de superação de limites, recomendo a todos que curtem livros de aventura. Essa aqui é das mais impressionantes.
A bordo do Endurance, último navio de madeira construído pelos mestres noruegueses para navegar em mares gelados do Sul, Shackleton e mais 27 homens partiram para o Pólo Sul e passaram por toda sorte de dificuldades: o navio ficou meses preso no gelo e acabou naufragando; os 28 homens passaram meses acampado em um imenso bloco de gelo que estava à deriva; navegaram por dias pelo mar mais revolto do planeta, na passagem de Drake (entre o Cabo Horn e a península de Palmer), em três botes salva-vidas; acamparam na inóspita ilha Elephant, onde nenhum homem até então havia estado; fizeram uma viagem de 1.200 km, da ilha Elephant até a Geórgia do Sul, em um bote de seis metros, enfrentando ventos de 150 km/h e ondas de 1 quilômetro de extensão e 20 metros de altura; e por último, ao desembarcarem na costa oeste da ilha Geórgia do Sul, escalaram picos de mil metros com apenas uma corda de 15 metros e uma machadinha...
Shackleton não conseguiu fazer vingar nenhuma de suas expedições à Antártida, morrendo pouco antes de lançar sua quarta tentativa, em 1921, mas ganhou fama e respeito por ser um líder que não titubeava frente aos mais duros desafios. O livro é emocionante, do início ao fim. Agora estou afim de comprar o que traz as fotos da viagem, feitas por Frank Hurley, fotógrafo oficial da expedição.
E pra quem curte esse tipo de aventura, tem uma página ótima sobre expedições empreendidas pelo explorador norueguês Thor Heyerdahl - a Kon-Tiki. Numa dessas aventuras, Thor foi numa balsa rústica do Peru até a Polinésia, para provar que, muito antes dos europeus, outras civilizações exploraram os mares.
Apesar de ter um certo pânico de mar, sou fissurado por esse tipo de história. Vai entender...
# Jorge Cordeiro @ 13:08
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