Ave Google!
segunda-feira, outubro 10, 2005
Há quem veja na movimentação do Google um plano de dominação mundial, mas teorias da conspiração a parte, os caras são dos poucos que realmente entenderam a internet e estão montando um negócio bem estruturado e duradouro. E lucrativo, claro. Para eles e para nós, porque temos assim a informação do ciberespaço organizada - e do jeito que quisermos. Essa é a alma da internet. Tentaram transformá-la num grande shopping virtual, mas ela é muuuito mais do que isso...
O Elio Gaspari falou sobre isso domingo e trascrevo aqui (dica do camarada Ricardo Amorim):
A boa briga: Google x Microsoft Quem fez mais pelo conforto e pelo bem-estar da classe operária: Fidel Castro ou Levi Strauss? Em 1873, na Califórnia, Levi cortou uma lona de carroça e produziu a primeira calça jeans. Naquele ano, notícia importante era a roubalheira do governo do general Grant, reeleito presidente dos Estados Unidos. As grandes mudanças ocorridas na vida da humanidade geralmente acontecem sem grandes coberturas jornalísticas. Numa época em que lideranças como Lula e George Bush parecem ser o início e o fim das coisas, há uma boa briga para prestar atenção: Microsoft x Google. Ela junta criatividade, inteligência e riqueza. É um bálsamo contra mensalões e improvisos. De um lado está a Microsoft de Bill Gates, 50 anos/US$ 46 bilhões. Do outro, o Google de Larry Page, 31 anos/US$ 4 bilhões, e de Sergey Brin, 31 anos/ US$ 7 bilhões. Gates vende programas e licenças. Os outros dão seus acessórios de graça. Tanto o instrumento de busca como um endereço eletrônico de 2 gigabytes (500 mil páginas de texto). Ganham dinheiro com a publicidade que vendem. O Google está recrutando as melhores cabeças do mercado e acaba de comprar a programadora Sun. Oferecerá programas livres, como o OpenOffice, parecido, para pior, com o Office da Microsoft. Mais: anunciou que conectará os computadores de São Francisco por ondas de rádio, sem cabos, tarifa de banda larga ou mesada de provedor. Ficção científica: o Google (ou a próxima fábrica de sucessos da rede) conecta os computadores das grandes cidades de todo o mundo, e a patuléia faz suas ligações telefônicas de graça. Em vez de comprar as caixas do Office Standard de Bill Gates por algo mais de R$ 1.000, o sujeito usa o OpenOffice baixado do Google. Assim como Bill Gates sacou que os grandes fabricantes de máquinas não entenderam que o negócio de computadores estava nos programas, o Google pode ter sacado que na internet dá certo o que é grátis. (trecho da coluna do Elio Gaspari, publicada neste domingo na Folha e n'O Globo)
# Jorge Cordeiro @ 18:44
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