5 minutos com Mino Carta
quarta-feira, novembro 30, 2005
Acho que vocês já sabem que sou fã da revista Carta Capital, pra mim a melhor do país, sem discussão. Mas sou ainda mais fã do mentor dela, o Mino Carta. Ele deu uma entrevista foda ao Eduardo Ribeiro, que toca a página na internet Jornalistas & Cia. Eis um trecho (leva cinco minutinhos pra ler, vale à pena...):
Como reflexo da crise do ensino, temos hoje muitos profissionais despreparados no mercado. O que fazer para lidar com isso, para melhorar essa situação?
MC – Não consigo imaginar a mídia fora da moldura do País. A mídia é um espelho do País, como é de praxe. Pensem, por exemplo, no que foi o Brasil nos anos 40 e 50, nas pessoas que pensavam o País, que imaginavam o futuro, que tentavam desenhar os destinos da terra: Gilberto Freyre, Raimundo Faoro, Sérgio Buarque de Hollanda, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, enfim... As marchinhas de carnaval eram primores, muito inteligentes, muito refinadas. Os textos da música brasileira eram muito bons, a chamada música popular era de excelente qualidade. Nelson Rodrigues era um encanto, Stanislaw Ponte Preta era um encanto; até as “certinhas” dele eram uma coisa muito boa. Pensem nesse país e confrontem-no com o de hoje. Uma falta de graça absoluta. Pensem na nossa elite, nessa turma que vive aí, com seus carros blindados, de vidros escuros para que não se enxergue o interior, levantando as muralhas romanas que cercam as suas vivendas, amestrando cães para que fiquem à porta das suas casas... Mais de 50 mil brasileiros morrem assassinados todo ano. Então, por que a mídia haveria de ser melhor do que essa situação? Acho que as pessoas não se dão conta da gravidade da situação, de como a cada ano nós pioramos. A promessa é que este ano cresceremos 3%. A Folha fez uma matéria patética, dizendo que o Lula vai ter um trunfo, que será a política econômica. Por quê? Porque, assim diz a matéria, de Figueiredo a Fernando Henrique o Brasil cresceu, em média, por ano, abaixo de 3%, e, com o Lula, cresce acima – 3,11%!!! (risos) É a conversa do roto com o esfarrapado! O Brasil tem que crescer 5% para ficar na mesma! O Kirchner enfrentou o Fundo Monetário e a Argentina cresceu mais de 8% este ano. A Índia cresce 8% ao ano há muito tempo, é uma das grandes potências mundiais, tem bomba atômica, faculdades extraordinárias, uma elite preparadíssima. Nós estamos vivendo uma tragédia e não nos damos conta. Eu vou ao Gero e a outros restaurantes aí, vejo as pessoas que me cercam e parece que elas estão em Nova York, a expressão delas é a de quem está em Nova York. Estão muito felizes, a economia vai bem. Pra quem? Pro doutor Setúbal? Pra ele vai muito bem... Acho perfeitamente admissível que a mídia brasileira pudesse ser excelente. Precisaria mudar os patrões. Aliás, vocês entrevistaram o Otavinho. Para mim, o Otavinho não é um jornalista. E não seria em qualquer país civilizado. Ele é um patrão, que se arrogou, se atribuiu, estabeleceu ser jornalista. É uma prepotência inaudita. É um patrão, que paga o salário dos outros e os outros têm um medo pavoroso de perder o emprego – que, aliás, escasseia, como sabemos. Realmente existe muita gente que teria todas as condições de produzir uma mídia de excelente qualidade, não tenho dúvidas quanto a isso, mas precisaria mudar os patrões, mudar os conceitos. Precisaria acabar com essa elite grotesca que jogou fora o patrimônio Brasil e começar tudo de novo. Se não acontecer isso, não tenham dúvida: o País continuará indo para trás. Isso é absolutamente inevitável, é inexorável, está escrito.
A íntegra da entrevista está aqui.
# Jorge Cordeiro @ 22:26
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Legalize
Pesquisa do Instituto Gallup revela que os americanos estão cada vez mais favoráveis à legalização da maconha. Com isso, mais e mais estados americanos flexibilizam suas leis. Não apenas para o uso medicinal, mas também recreativo e pessoal, como no Colorado.
Bush Jr. e sua gangue devem estar insônes...
# Jorge Cordeiro @ 09:50
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Certas verdades
Há verdades que precisam ser ditas. Se vão ser aceitas ou não, são outros 500...
Se São Paulo é o túmulo do samba, o Rio de Janeiro é o túmulo do rock! (do meu camarada Fábio José de Mello)
É, faz sentido...
# Jorge Cordeiro @ 09:31
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Chapa quente
terça-feira, novembro 29, 2005
A chapa está esquentando... É impressionante como a nossa elite (e ainda há quem negue a existência dela, ó santa ignorância, Batman!!), que é o que de mais atrasado existe no mundo, não larga o osso por nada. Com seus caninos bem afiados, agora se agarra ao conceito 'setor produtivo' para promover toda sorte de chantagem. Atropelam o meio ambiente com suas plantações transgênicas e imensos campos de soja, invadem terras griladas, queimadas e devastadas na Amazônia com o gado, e atacam a torto e direito movimentos sociais como o MST, que agora pode ser considerado terrorista.
Sabe o que falta no Brasil? Uma guerra civil. Ou um cataclisma. Só pra ver se, limpando a área, a gente muda o cenário... talvez fique tudo na mesma. Enfim...
# Jorge Cordeiro @ 21:29
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Claro que é mico (no Rio, claro...)
Parece que o festival do Iggy Pop e convidados foi uma bosta no Rio de Janeura. Não me surpreende. Parece haver uma certa vocação da cidade pra organizar as coisas nas coxas. Pra começo de conversa, insistem em fazer mega-shows naquele fim de mundo que é a tal Cidade do Rock, na Barra. Lembro que foi maior perrengue no Rock in Rio 3, longe pacas, um monte de ônibus amontoado na saída, um calor infernal, maior bundalelê, sem informação, sem segurança, sem nada. Na época, pensei: "depois dessa, nunca mais vão inventar festival de rock por aqui." Ledo engano. Levaram 15 mil manés pra lá de novo. E tome-lhe desorganização, caminhão quebrado, atraso monstro, bandas desistindo, falta de infra-estrutura, informação, respeito, enfim... Tive pena de quem se aventurou (se bem que nêgo parece que já se acostumou...), imagina sair às 4 da matina daquele buraco, sem iluminação decente, sem transporte, sem porra nenhuma. Se o carro quebra ou falta gasolina ou qualquer outro imprevisto, ba-bau!
Só no Rio mesmo. E vem aí o Pan 2007...
# Jorge Cordeiro @ 17:27
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Pára tudo!!
segunda-feira, novembro 28, 2005
Acabou de dar na RepetecoNews: o Banco Central fez um swap cambial reverso!! Caraca, e agora? O que vamos fazer?!?!?
# Jorge Cordeiro @ 15:14
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Grita ae!
Lá pelas tantas, fui aos banheiros químicos na área VIP do festival da Claro e dei de cara com o Derek Green, vocal do Sepultura, rodeado por uns seis moleques. Ele, grandão, parecia Gulliver no meio daqueles seres liliputeanos, que riam e insistiam: "Dá um berro ae pra gente, pô!". E Derek, na maior paciência, tentava se desvencilhar e só falava "No way, man, go to the show, go to the show..."
Que situação...
# Jorge Cordeiro @ 14:58
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O Iggy é pop, é rock, é toque
domingo, novembro 27, 2005
Só um mito como Iggy Pop pra me desentocar numa fria noite de sábado e me guiar para um canto desconhecido desta imensa cidade, a tal Chácara do Jockey, onde rolou esse festival da Claro (em tempo: tenho celula TIM e funcionou perfeitamente). Como sei que os deuses do roquenrol protegem os mitos bem como seus acólitos, conferi o kit sobrevivência - celular, algum dinheiro pra estacionamento e dogão de fim de festa, garrafinha metálica com 4 ou 5 doses de uísque, garrafa d'água, cigarro e caixa de fósforo, CD do Fun House pra curtir no carro (boa parte das músicas do show foram desse disco, de 1970, o segundo dos Stooges), e outras milongas mais -, e segui viagem.
Ainda bem. O velhusco pré-sexagenário não decepcionou. O cara tem 58 anos caramba, não é qualquer um que segura a onda assim. Sua energia é contagiante, não pára um segundo, de dar inveja a Mick Jaggers da vida. Salta, rodopia, cai, levanta, se joga na pláteia (o velho e bom mosh), chama galera pra subir ao palco - pra desespero dos seguranças -, e mantém a pegada nos vocais durante o show inteiro (com pouco uso de eco e quetais artifícios eletrônicos), seja na porralouca 'Fun House' ou na viajandona 'Dirt' com sua linha de baixo hipnotizante (tipo 'Born Under a Bad Sign', um velho blues, Albert Lee, Albert King, essas paradas...).
Sua dança lasciva, com a calça jeans feminina de cós baixo - que ele mandou comprar por aqui mesmo, será da Gang? - deixando meia bunda à mostra, me fez lembrar Serguei, que é 15 anos mais velho do que o velho iguana e certamente aprovaria sua performance. Alías, alguém sabe por onde anda o figura? Saquarema, provavelmente.
Mas disposição tem limites e Iggy não parte mais pra porrada como antes - no auge da carreira dos patetas, o primeiro mané que subia no palco levava um direto na fuça e voltava de onde veio invariavelmente com uns dentes a menos. Aí, já viu, a turma invadia e o pau comia. Velhos tempos. Hoje Iggy tem seguranças a rodo para cumprir essa tarefa. Mas foi tão divertido quanto. Dei boas gargalhadas com um maluco cabeludo tentando dançar com um dos gorilas, foi jogado à platéia pelo menos umas três vezes e da última vez que o vi, conversava alegremente com o guitarrista Ron Asheton, que ria, sem perder o pique do som que rolava, 'No Fun'.
Cantei a plenos pulmões "No Fun, my babe, no fun, No fun to hang aroooound!" e "She got a TV eye on me, she got a TV eye...", viajei nos solos atonais de Ron em 'Little Doll', no baixão de Mike Watt em 'Down On The Street', e lamentei a ausência de pelo menos uma música, 'Search and Destroy', de 'Raw Power'. Aliás, o cara não cantouo nenhuma desse disco de 1972, que foi o terceiro e último da banda, (mal) produzido por David Bowie. Eles tocaram Fun House inteiro (com exceção da inexplicável L.A. Blues), seis das oito do álbum de estréia (The Stooges, de 1969) - com direito a bis para 'I Wanna Be Your Dog' - e duas do Skull Rings (Dead Rock Star e Skull Rings). Mas necas de Raw Power... vai entender...
Entre baforadas e goles, dei meus pulos ajudado por amigas roqueiras com quem esbarrei por lá, mas não o suficiente para pogar na roda que se abriu do meu lado em 'I Wanna Be Your Dog'. Já fiz muito isso, não tenho a mesma disposição, é fato. E boa parte da que eu tinha gastei na infernal Francisco Morato e depois negociando com seu Levy o preço da vaga que ele me arrumou do lado do dogão 'Laricão' do Osíris, um negão rasta gente boa toda vida. "Quanto é?", "20!", "Tá caro!", "Paga 15!", "Dou 10, mas cinco na volta", "Fechado!". Nem vi onde ficava o tal estacionamento oficial, mas era ainda mais longe de onde parei, vsf.
A Chácara do Jockey, no entanto, se revelou um lugar muito bom para shows e festivais como esse da Claro, que acertou também em colocar um palco em frente ao outro, intercalando as atrações. Que venham mais!!
Apesar do mega-trânsito, meus cálculos deram certo e cheguei uns 20 minutos antes do show do Flaming Lips, cheguei a escutar o distorcido Fantomas do carro quando rumava ao estacionamento. Fica pra próxima. A apresentação do Flaming Lips começou com o vocalista andando pela platéia enfiado numa bolha, numa reedição do menino da bolha ou, para os mais novos, de Chad. Legal, mas e o som? Bom, não conhecia e um amigo do Rio fez a maior propaganda, deixou scrap no orkut e catzo dizendo pra eu prestar atenção e tal. Falando sério? Os pontos altos do show dos lábios flamejantes foram Bohemiam Rhapsody no início, e War Pigs no final - com direito a imagens de Bush, Rumsfeld, Cheney e companhia num clip no telão. Tocaram versões fiéis às originais, mas ouvir Sabbath com um bando de gente fantasiada de bichinhos de pelúcia no palco foi algo bizarro... Sabbath de pelúcia!
Durante a apresentação de Sonic Youth, estava mais preocupado em entrar na sala Vip com o velho truque do preciso-ir-ao-banheiro-e-o-daqui-é-mais-perto-quebra-essa. O segurança quebrou e tomei umas três cervas (Bavaria...) na faixa pra comemorar.
Quando pensei em ir embora, entrou o Nine Inch Nails rasgando os tímpanos da galera com seu rock eletrônico-industrial, seja lá o que isso queira dizer. Bom som. Mas já estava sem fumo, álcool, amigos (não fazem mais jornalistas como antigamente... ) e de repente bateu paranóia sobre o carro. Não tenho seguro, "será que seu Levy é mesmo de confiança?". Era. Chegando lá, tudo ok, o carro tava no mesmo lugar. Só que uma mulher se recusou a deixar a chave com meu camarada Levy e eu mifu. Dois dogões prensados (completos, com direito a purê de batata, batata palha, ervilha, maionese, cheddar, tudo por R$ 3) e uma coca-cola depois, convenci Osíris a dar uma rézinha pra eu fazer uma manobra monstro e poder voltar ao aconchego do lar. Ao som de Fun House, evidentemente.
Agora cá estou finalizando este relato, embora não saiba como vá mandá-lo para o blog, já que pra minha surpresa (não deveria mais me surpreender com isso, mas enfim....) meu computador está sem conexão. Deixa eu ver, tentando de novo... nada. Nada de novo... nada... ah, meu saco. Bom, vou dormir, fica pra mañana.
zzzzzzzzzzzzzzzzzzz
(este texto foi originalmente escrito às 4h38 da madrugada deste domingo, mas como o Speedy me deixou na mão, só consegui mandá-lo agora, às 16h08, quando a internet voltou. Dei umas mexidas aqui e ali no texto, nada sério).
# Jorge Cordeiro @ 16:35
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Carona em SP
sexta-feira, novembro 25, 2005
Lá estava eu, hoje de manhã, preso no engarrafamento da avenida Santo Amaro, atrasado para o trabalho pensando no nada, esperando o sinal abrir. Eis que uma morena sorridente e seu colega um tanto quanto constrangido me cutucam no braço e perguntam:
"Moço, dá uma carona pra gente?"
Não entendi de primeira e fiz o gesto que sempre faço quando quero me desvencilhar dos que pedem dinheiro na rua, logo dizendo: "Tô sem nada aqui..."
"Não, moço, a gente quer carona. Você tá indo em direção do Itaim?"
Foi quando olhei melhor pros dois. Jovens, sorridentes e nitidamente sem jeito de pedir uma carona assim, no meio de uma Santo Amaro lotada numa chuvosa sexta-feira.
"É que a gente tá sem passe, sem dinheiro, e tá chovendo..." disse a menina, tomando a iniciativa, já que o rapaz parecia querer desistir e andar a distância, que não é pouca - algo em torno de seis quilômetros.
"Vai moço, por favor..."
"Carona? Putz..."
Eles me pegaram desprevenidos. Fiquei uns segundos sem saber o que dizer, mas aí veio aquela voz que sempre aparece quando estamos frente a alguma novidade: "Por que não?"
"Entrem aí", decidi instantes depois do sinal abrir e as primeiras buzinas soarem me avisando que já estava contribuindo para aumentar o índice de lentidão da cidade. Fui abrir a porta quando vi que tinha outras duas meninas do outro lado, que ficaram radiantes.
"Valeu mesmo, moço. A gente estuda aqui no Brooklin, na escola Oswaldo Aranha, temos que ir ao cartório eleitoral lá no Itaim hoje de qualquer maneira e descobrimos que não tínhamos dinheiro", disse a menina que sentou ao meu lado na frente. Todos estudantes do 3o. ano, sonhando com suas novas futuras profissões. Me senti leve com a história toda, meu mal-humor foi embora (a gripe não, infelizmente), conversamos sobre muitas coisas naquele curto espaço de tempo.
Não entendi porque me escolheram, talvez pelo adesivo do Greenpeace no carro, "esse tiozinho aí deve ser boa gente, hippie velho", ou por ser eu um dos poucos que circulam pela cidade com o vidro aberto, mesmo com chuva. Ou foi puro aleatorismo, que nunca falha.
De qualquer maneira, foi divertido. Sempre falam dos perigos da carona, mas e os benefícios? É um bom exercício de solidariedade e de confiança no próximo. Oxigena a alma. Não nego os riscos, mas enfim, sou um eterno crente no ser humano.
Por que não?
# Jorge Cordeiro @ 14:03
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Notícias do front
quinta-feira, novembro 24, 2005
É, parece que a vida começa a voltar ao normal no Afeganistão...
# Jorge Cordeiro @ 21:56
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Malvado
Recebi essa tirinha aí de cima hoje do Adauri, camarada aqui do jornal. Clique nela para aumentar. Não conhecia o André Damher, muito bom! O cara tem uma interessante página na internet, que será devidamente adicionado à lista aí do lado. Vale a visita. E o livro dos Malvados está com lançamento marcado para o próximo dia 27 no Rio de Janeura, às 19 horas, na Livraria da Travessa (Rua Visconde de Pirajá, 572 - Ipanema). Quem não puder comparecer, pode encomendar um exemplar pela internet, lá mesmo na página dos Malvados. São 25 mangos, com frete já incluído. Boas compras!
# Jorge Cordeiro @ 20:11
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Cheers!
quarta-feira, novembro 23, 2005
Lá vem a bebedeira do fim do mundo! Minhas amigas Lucia e Gabriela, que estão em Londres neste momento, já devem estar contando os minutos para enfiarem o pé na jaca! :)
# Jorge Cordeiro @ 15:05
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Fatos e Fodas
Durante a campanha para a eleição municipal de Copenhagen, na Dinamarca, Louise Frevert foi linha-dura contra imigrantes. Chegou a defender a expulsão sumária deles do país. Nada de anormal, já que era candidata de uma agremiação de ultra-direita, o Partido do Povo.
O tempo passa, o tempo voa e qual não foi a surpresa de Frevert quando viu, segunda-feira da semana passada (dia 14) - às vésperas do dia da votação -, a capital dinamarquesa tomada por milhares de cartazes com fotos suas antigas, da década de 1970, em cenas de sexo explícito com um legítimo representante africano.
Ela confirmou a veracidade das fotos, fez mesmo o ensaio (e muitos outros) para uma revista pornô e justificou:
"Foram loucuras de juventude."
Poderia bem ter dito: "Me foderam, agora quero fodê-los também!"
A matéria saiu no jornal The Copenhangen Post e as fotos foram reproduzidas em um monte de lugar bizarro na internet. Se tiver mais de 18 anos, clique aqui para vê-las. (só pra ajudar: Louise é a de cabelos encaracolados...)
# Jorge Cordeiro @ 02:04
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Hi and Mighty: The Story of Al Green (1969-1978)
Já tinha me esquecido deste CD duplo (37 músicas) lançado em 1998 que eu comprei na Austrália quando por lá estive em 2000 por conta das Olimpíadas de Sydney. Na época, disputou a preferência do meu toca-CD com o Love Supreme do John Coltrane, me presenteado pela Yan (te amo por isso, ruiva!!) e o Tim Maia Racional gravado especialmente pra levar a palavra do universo em desencanto aos infiéis aborígenes!
Pois girei a torre de CDs, fechei os olhos e tirei aleatoriamente a majestosa preciosidade de Al Green pra me acompanhar ao longo da semana nos muitos engarrafamentos desta estranha cidade chamada São Paulo. Ah, sábio aleatorismo! Alguns minutos na companhia deste cara, alguns segundos de seu falsete, algumas horas cantarolando antigos sucessos, que retornam à mente nos primeiros acordes de Tired of Being Alone ou Let's Stay Together, a eternidade suingada de Love and Hapiness ou Take Me To The River, e pronto! Você está preparado para o céu e o inferno!! Reverendo Al Green arrebanhou mais um!
# Jorge Cordeiro @ 01:03
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Bobs 2005
terça-feira, novembro 22, 2005
Divulgada a lista de vencedores da segunda edição do Best Of Blogs 2005, promovido pelo Deutsche Welle, canal de TV alemão. O destaque fica por conta da vitória do No Mínimo Weblog, do Pedro Dória, na categoria melhor blog jornalístico em português (prêmio do júri). Parabéns, meu caro!!
Na escolha do público, o melhor blog jornalístico em português é o Kibeloco. O Vizinho do Jefferson ficou logo atrás.
Já o blog do Noblat, tão badalado, concorreu e não ganhou xongas. Antes de mais nada, não é blog, mas uma coluna eletrônica do Noblat - como aliás 90% dos 'blogs' lançados pelo Globo Online, Folha Online e afins. Não são blogs, são colunas eletrônicas com a marca 'blog'. Só pra entrarem na onda, já já mudam de nome novamente. A do Noblat teria grandes chances, se houvesse uma categoria de clipping eletrônico...
E não vou dar o link dele porque ele não dá link pra lugar algum.
Mas o grande vencedor do Bobs 2005 foi o blog humorístico Mais Respeito, Eu Sou Sua Mãe!, do argentino Hernan Casciari. Foi eleito o melhor blog deste ano.
Na escolha do público, o Tupiniquim, blog sobre povos indígenas, foi o vencedor. Apesar do nome, é de Portugal. Muito bom também, já devidamente adicionado aí do lado.
# Jorge Cordeiro @ 09:52
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Fotos
domingo, novembro 20, 2005
A Editor & Publisher está divulgando em sua página na internet as melhores fotos do ano. Vale a visita.
# Jorge Cordeiro @ 23:14
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Tá na mão
# Jorge Cordeiro @ 22:44
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Como estragar um artista de rua e ainda posar de benemérito das artes
sábado, novembro 19, 2005
Descubra um talento pelas ruas de uma grande metrópole. De preferência um músico-cantor-compositor. Deixe-o mostrar uma ínfima parte de seu talento em um quadro pseudo-humorístico de TV daqueles programas pé-no-saco das tardes de sábado, tipo Caldeirão do Huck. Cuidado aqui, a aparição do artista de rua no quadro deve ser mínima, o suficiente apenas para dar um toque bizarro na coisa toda. Leve-o então para o auditório do programa como uma espécie de troféu, a mais nova atração do circo de horrores. Tire toda a sua espontaneidade, 'sugerindo' (leia-se, determinando) que cante sucessos do pagode ou da soul music nacional, dos mais bocós possível. Nada daquelas canções divertidas que o cara compôs, esquece, não é bom dar asa à cobra...
Dê um tapa no visual do sujeito e faça-o cantar com algum ídolo da música brasileira, tipo, Martinho da Vila. Prometa o céu, mas dê apenas um pedacinho no inferno - no caso, em vez de apostar em sua carreira artística, que poderia ser promissora, ofereça apenas uma participação micro no mais novo lançamento da gravadora da casa, uma cantora inócua de um programa que pretende revelar astros da músicas, mas só consegue repetir velhas fórmulas e inchar o mercado com as merdas de sempre.
Ok, vc está quase lá. Agora, a cereja nesse bolo fecal todo: faça-o assinar um contrato com a tal gravadora, o que ele fará cegamente - afinal, estava há poucos dias cantando e tocando na rua por poucos caraminguás e agora terá um contrato com uma grande gravadora por poucos caraminguás + mais alguma coisa. Assim vc mantém o cara nas rédeas, sem chance de reclamar de porra nenhuma, e não dá oportunidade para algum outro 'espertinho' descobri-lo e lançá-lo no mercado com mais esmero e coragem. Nã nã não, sucesso inesperado não interessa a ninguém, tudo tem que estar sob controle, seu comunista!
Foi o que aconteceu recentemente com Benedito, um negão simpático que circulava pelas ruas do centro de São Paulo com seu cavaquinho cantando divertidos sambas de sua autoria. Foi parar no programa do Luciano "olha como sou bobo" Huck neste sábado. Vai virar suco e desaparecer, claro. Que volte logo às ruas. E os lucianos hucks da vida o deixem em paz...
# Jorge Cordeiro @ 14:52
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Iggy por Jama
Já ia me esquecendo: o meu mestre Jamari França fez uma puta entrevista com Iggy Pop, está sensacional. O velho iguana parece estar em forma, não apenas no palco.
Uma palinha:
Informado de que uma amiga do repórter viu o show em Barcelona e o achou muito preso ao próprio personagem, Iggy metralha.
- Diz pra ela que mandei ela se f*. Eu faço o que acho que é melhor e se ela acha que pode fazer melhor, ela que faça - xinga ele.
Em tempo: o cadastro no Globo Online é gratuito. Depois de feito, não precisa de senha nem nada, vai entrar direto.
E por falar no Iggy, tava lembrando ontem de uma cena do filme Sobre Café e Cigarros, do Jim Jarmusch, em que ele e Tom Waits se encontram num café e descobrem um maço de cigarros na mesa. Apesar de se declararem ex-fumantes, degustam um cigarro atrás do outro, sem culpa. Só pra justificar os cigarros que fumei ontem no Rose Bombom, blz? :)
# Jorge Cordeiro @ 12:44
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Quem é quem?
sexta-feira, novembro 18, 2005
Brincadeira boa essa enviada pelo Amorim! Tente identificar na imagem acima 60 bandas da gravadora Virgin. Será que alguém consegue achar tudo? Encontrei 23. Não vou dar os nomes pra deixar vocês mais à vontade...
Clique na imagem pra ela ficar com um tamanho decente. Depois, deixa na área de comentários a sua lista.
# Jorge Cordeiro @ 17:12
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Os picaretas estão voltando...
Mr. Burns Serra, Gerarrrrrrrdo ou FHC? ó dúvida, ó céus, ó azar, não de novo...
# Jorge Cordeiro @ 17:05
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Adeus às fraldas?
Os bebês chineses não usam fraldas. Em muitos países africanos, também não. Sinal de atraso? Não, muito pelo contrário. Mas choca muita gente. Pois minha amiga Adriana Maximiliano nos revela aqui que já há quem defenda deixar os nenéns livres, leves e soltos. Há um interessante movimento que cresce dia após dia nos EUA nesse sentido. Putz, deve dar um trabalho monstro, mas ecologicamente falando, realmente é o mais sensato... Senão, vejamos: a Sofia tá com 5 meses e usa em média seis fraldas por dia. Logo, foram no mínimo 900 fraldas descartáveis jogadas no lixo, contribuindo imensamente para a poluição do planeta! Confesso que fico até envergonhado... Se bem que lavar fralda de pano também não deve ser nada agradável... 900 então... Mas quem disse que ter filho é fácil? Se prepara aí, maninho!!
# Jorge Cordeiro @ 16:18
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Kill Bill's Browser
quinta-feira, novembro 17, 2005
13 boas razões para mudar do Internet Explorer para o Firefox. Peguei a dica no blog do Velho do Farol, sempre uma boa fonte.
# Jorge Cordeiro @ 11:51
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Achei!
quarta-feira, novembro 16, 2005
Escrevi sobre o crime americano em Fallujah no dia 23 de janeiro (domingão) deste ano. Eis a nota:
O que está acontecendo em Fallujah? É o que pergunta o jornalista americano Dahr Jamail, numa matéria intrigante sobre a atuação das tropas americanas em seu país. Os soldados de Bush Jr. estão agindo de forma estranha em Fallujah, cidade símbolo da resistência iraquiana, como se quisessem acobertar o uso de armas químicas, napalm e outras atrocidades, segundo relatos de moradores locais. Dá pra imaginar...
Jamail passou um total de oito meses no Iraque ocupado como um dos poucos jornalistas independentes na região e pretende em breve voltar lá (será que consegue?). Suas informações são preciosas porque evitam que vingue o filtro imposto pelos americanos às notícias que saem daquele país. Ele usa a página www.dahrjamailiraq.com para divulgar suas reportagens. Vale à pena a visita. Outras boas fontes para se ter uma noção mais, digamos, honesta do que vem ocorrendo no Iraque são as páginas Guerrilla News Network e Antiwar. Boa leitura!
# Jorge Cordeiro @ 18:44
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Confirmado!
O Pentágono confirmou o uso de armas químicas (bombas de fósforo) no Iraque, mais precisamente na cidade de Falujah. Eu já tinha dado uma nota aqui sobre o caso, citando um blog de um jornalista iraquiano que entrevistou diversas pessoas in loco e narrou os horrores dos ataques. Muito coleguinha brazuca duvidou da informação, chegaram a pôr em dúvida a credibilidade do jornalista iraquiano... Mas enfim... Vou procurar o link e coloco aqui de novo.
# Jorge Cordeiro @ 18:31
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Fantomas
Primeira baixa do festival Claro que é Rock: sai Suicidal Tendencies, entra Fantomas, banda do Mike Patton, mais conhecido por aqui pelo trabalho com o Faith No More. Leia aqui o motivo. Por mim, tudo bem. Mas continuo em busca de parceiros pra ir ao show! Pô, ninguém se candidata?!? Foda, todos meus amigos roqueiros estão no Rio... saco...
# Jorge Cordeiro @ 17:21
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E o Arthur Virgílio, heim?
O judoca da Amazônia bota maior banca dizendo-se indignado com as denúncias de uso de caixa 2 pelo PT e tal, mas admitiu há quase 20 anos no Jornal do Brasil ter feito uso do tal dinheiro não-contabilizado em sua campanha no Amazonas. Tá na Carta Capital desta semana, irrefutável.
De qualquer maneira, é impressionante como ele não perde a pose...
E agora, nobre senador?
# Jorge Cordeiro @ 14:28
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A Lua
A lua
Quando ela roda é nova Crescente ou meia-lua É cheia
E quando ela roda minguante e meia Depois é lua novamente
Quando ela roda é nova Crescente ou meia-lua É cheia
E quando ela roda minguante e meia Depois é lua novamente quem diz que é lua velha Mente quem diz Que a lua é velha
Mente quem diz...
(Renato Rocha - MPB4)
# Jorge Cordeiro @ 11:59
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Sirvam-se
terça-feira, novembro 15, 2005
Miles Davis (toda a sessão de Bitches Brew, quatro CDs), Zeke (Super Sound Racing, True Crime e Death Alley) e Rocket From the Crypt (All Systems Go e Scream, Dracula, Scream!).
Em breve, no slsk mais próximo de vc... :)
# Jorge Cordeiro @ 17:34
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Fato e versões
segunda-feira, novembro 14, 2005
Sete envolvidos no seqüestro e morte do ex-prefeito Celso Daniel prestaram depoimento hoje à CPI dos Bingos, em sessão realizada em uma delegacia da capital paulista com a presença do senador Eduardo Suplicy, de promotores do Ministério Público e delegados da Polícia Civil de São Paulo. Até onde eu sei, quatro dos presos confirmaram a história de que foi crime comum, mesmo veredicto que a polícia (tucana, veja bem) chegou há dois anos. O depoimento mais aguardado do dia era de um tal de Elcyd, que escreveu tempos atrás uma carta afirmando que sabia a verdadeira história. O cara fez suspense, disse que só falaria com a presença de sua advogada, o senador Eduardo Suplicy achou a mulher, levou ela lá, e aí... ele disse que a carta era falsa e que o crime fora mesmo comum, Celso Daniel foi escolhido aleatoriamente. E agora?
E agora é que a tese de crime político, de que o cara tava envolvido em um mega-escândalo de corrupção parece estar ruindo. O Ministério Público está ficando isolado, batendo palma para os dois irmãos malucos do ex-prefeito de Santo André dançarem sozinhos.
Mas tem mais: jornalistas amigos meus juram de pés juntos que Celso Daniel era gay e que Sérgio Sombra, o empresário que estava com ele na hora do crime, seria seu amante. Sérgio teria mandado matar Celso porque o ex-prefeito teria descoberto o esquema montado por ele (Sérgio) na prefeitura. Putz, que história, heim?
O certo é que, independentemente do fato, as versões ficarão no ar até outubro de 2006... Quer apostar?
# Jorge Cordeiro @ 22:16
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Diversão
Segundo eu li hoje de manhã no Estadão (numa matéria show de bola do Jotabê Medeiros), o show do Iggy Pop em sampa terá 16 músicas, a maioria do disco Fun House, de 1970. Ele começa a tocar por volta das 23 horas, antes de Sonic Youth e Nine Inch Nails, que fecha o festival Claro que é Rock. Ok, não importa. Pra mim, termina com Iggy. E ainda volto pra casa com Search and Destroy (de Raw Power - 1973) tocando nas alturas no bom e velho gol bolinha...
# Jorge Cordeiro @ 20:21
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Fórmula mágica
domingo, novembro 13, 2005
Para melhorar a nossa já tão combalida democracia, talvez fosse interessante apostar mais nos referendos e plebiscitos, acabar com as campanhas políticas (o candidato só teria debates na TV e no rádio para vender seu peixe, além de entrevistas a revistas, jornais e portais de internet) e instituir o recall, que permite a cassação dos políticos por nós, humildes cidadãos eleitores. O sistema já funciona em alguns estados americanos, e países europeus, e é um instrumento interessante para equilibrar as forças políticas da sociedade.
Mas, sei lá, se vacilar vão arrumar um jeito de dar um jeitinho pra burlar o tal recall. Brasileiro é mestre nisso, sempre tenta levar vantagem em tudo, certo?
A tal página é meio tosca e tem entre os seus idealizadores um militar reformado... huumm... bom, enfim, já assinei lá o tal abaixo-assinado. Pior do que está não fica. Ou fica?
# Jorge Cordeiro @ 19:25
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Sinistro
sexta-feira, novembro 11, 2005
Um dos papas do jornalismo investigativo, o americano Seymour Hersh, participou recentemente de uma conferência na Rutgers University em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Segundo relatou Antônio Brasil, articulista do Comunique-se (só para cadastrados) que esteve presente à palestra, Hersh fez previsões sombrias sobre as possíveis conseqüências da tresloucada aventura americana em solo iraquiano. Seguem:
>"As denúncias sobre Abu Grabi e as humilhações sexuais dos prisioneiros nos colocaram em uma situação muito difícil perante o mundo árabe. Nossa cultura valoriza a culpa. A cultura árabe valoriza a vergonha. Alguns desses prisioneiros não podem mais voltar às suas comunidades. Alguns pedem para serem mortos antes de serem libertados. Criamos uma geração de inimigos poderosos dispostos a tudo".
Nesse ponto, Hersh aproveitou para comentar uma conversa com uma das suas muitas fontes nas agências de informação e inteligência internacionais. Um de seus "contatos" no Mossad, o serviço secreto israelense, teria dito a Hersh que “nós, os israelenses, jamais teríamos feito o que vocês fizeram em Abu Grabi. Vocês não imaginam o mal que fizeram. A cultura árabe valoriza muita a vingança. Talvez eles esperem uma, duas, talvez três gerações. Mas alguns dos descendentes desses prisioneiros árabes certamente vão bater na sua porta e dizer: o seu avô, um dia, há muitos anos, no Iraque, humilhou o meu avô. Agora, é o meu dever vingá-lo". Você pode imaginar o clima ainda mais sombrio no grande auditório da universidade americana.
# Jorge Cordeiro @ 21:22
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Isotopos, sol e sabotagem
Muita gente boa caiu na esparrela de que a energia nuclear é a solução para o aquecimento global, por não emitir gases na atmosfera. Para esse pessoal, a questão do lixo nuclear, que fica por aí como uma ameaça perene durante milhares de anos, é apenas um detalhe. Uma observação mais atenta aos fatos, no entanto, nos mostra que são as fontes renováveis de energia as mais interessantes nesses novos tempos. Tanto para quem as consome como para quem investe nelas. E também que as usinas nucleares não são tão 'verdes' como alguns querem nos fazer crer.
É tempo de repensarmos não apenas as fontes de energia, mas também nosso modo de vida, a forma como usamos e abusamos do planeta.
# Jorge Cordeiro @ 11:53
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Ualuealuealeuale
Vamos lá! Aumente o som e dance o ualuealuealeuale com Batman! (tinha que ser dica do Ovelha Elétrica, claro...)
# Jorge Cordeiro @ 00:59
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Esse é profissional
(clique na imagem pra aumentar, se vc for cegueta)
# Jorge Cordeiro @ 00:18
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Previsão do tempo na França
quinta-feira, novembro 10, 2005
# Jorge Cordeiro @ 00:36
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Frase da semana
terça-feira, novembro 08, 2005
Dos malucos do Kibeloco
Vandalismo, policiais feridos, troca de tiros nos subúrbios, veículos queimados e inocentes executados. Tudo isto em Paris. Agora é que começou o Ano do Brasil na França.
Que maldade... :)
# Jorge Cordeiro @ 15:50
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Iggy Pop & The Stooges em SP
Os caras estão chegando. Mal posso esperar. Tenho escutado seguidamente os três discos da banda, preciosidades. E pelo o que ando lendo, o velho iguana está em plena forma e promete fazer o show do ano no próximo dia 26 aqui em São Paulo num festival de rock que terá também Suicidal Tendencies, Flaming Lips, Sonic Youth, Nine Inch Nails e tal, mas vou mesmo pra ver o vovô do punk.
A página oficial do cara é maneira, boas fotos e tal, mas tá desatualizada pacas. Melhor ficar as que são feitas por fãs, claro, como essa aqui.
Por enquanto, vou sozinho. Alguém se habilita a me acompanhar? Bora lá!
# Jorge Cordeiro @ 11:24
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Vamos pular!
Dia 20 de julho de 2006, às 8 horas, 39 minutos e 13 segundos, milhares de brasileiros se juntarão a outros tantos malucos mundo afora para ajudar o planeta a mudar sua órbita. Como? Ora, participando do World Jump Day! Dizem até que se funcionar, poderemos acabar com o aquecimento global, aumentar as horas do dia e ter um clima mais homogêneo! Se der errado... bom, se der errado, pior do que está não fica, né mesmo?
# Jorge Cordeiro @ 00:20
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Loko
domingo, novembro 06, 2005
O Google que se cuide! Tem um pessoal nervoso afim de corroer a empresa de dentro pra fora. Como? Veja aqui. Ou in loco, no Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), que tá rolando em São Paulo até o dia 20 de novembro. Procurar pela instalação do GWEI (Google Will Eat Itself, ou Google Vai Comer a Si Mesmo).
# Jorge Cordeiro @ 23:05
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Mestre Jamelão
Não leio o Jornal da Tarde, mas não perco uma atualização do Jornalista de Merda e assim pude apreciar um ótimo testemunho da atuação de uma das lendas vivas de nossa música, Jamelão, no Bar Brahma, no centro de São Paulo.
Pelo o que parece, o cara está tinindo aos 94 anos.
# Jorge Cordeiro @ 20:08
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Leu na Veja? Azar o seu!
A campanha Veja Que Mentira completa dois anos na próxima terça-feira. A revista continua a mesma merda, portanto a pressão tem que continuar. Ah, que saudades dos tempos do Mino Carta...
Em tempo: essa revista eletrônica Consciência.net é uma fonte de notícias inestimável. Desde 2000 firme e forte na divulgação de informação livre de interesses escusos. Que tenha longa vida! Por essas e outras que tenho lido cada vez menos jornalões e revistinhas por aí.
Não à toa, os velhinhos da grande mídia estão desesperados...
# Jorge Cordeiro @ 11:13
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Comme il faut
sábado, novembro 05, 2005
Fui apresentado ontem ao Stromboli e Madame Forrester, um ótimo blog sobre os bastidores da política nacional. Os tais blogueiros (aparentemente um casal) se identificam apenas pelos codinomes e a página está estalando de nova. Começou este mês, trazendo notas fortes, quentíssimas e bem escritas. Nada de reproduções (sem links) ad infinitum de material que sai na imprensa, como no blog do Noblat (que tá mais pra clipping eletrônico...). É blog de autor, digamos assim. Como o do Jorge Bastos Moreno e de outros pipocaram pelas páginas do Globo Online, mas com a vantagem de não estar vinculado a uma grande corporação de mídia. Stromboli e Madame Forrester é blog comme il faut.
Não sei porque vejo os dedos de Elio Gaspari e Dorrit Harazim na iniciativa. Pode ser. De qq maneira, parabéns aos autores e que sejam bem-vindos ao universo blogueiro. Ganharam, desde já, um assíduo leitor e divulgador (o link passará a ficar na lista aí do lado direito).
# Jorge Cordeiro @ 13:39
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Elvis doidão
Veja o rei completamente mamado e tropeçando nas palavras em um show no final de sua carreira. Mas a voz, ah a voz, continua poderosa como poucas...
# Jorge Cordeiro @ 12:21
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De costas para a América do Sul
Alguém pode me explicar por que UOL e Globo Online, dois dos maiores portais de notícias do país, dão mais destaque aos tumultos em Paris do que para o que tá rolando em Mar del Plata? Na Globonews (aka RepetecoNews), a mesma coisa. Vai entender...
# Jorge Cordeiro @ 11:12
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Olho gordo
sexta-feira, novembro 04, 2005
As grandes empresas de alimentos querem flexibilizar a definição do que é produto orgânico para ganharem mais alguns caraminguás, em detrimento da saúde das pessoas e do planeta. O New York Times alertou para a falcatrua em editorial.
(No documentário The Corporation, indicado aí embaixo, tem um trecho interessante em que as instituições corporativas são analisadas pelos critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) para escrutinar a personalidade das pessoas, muito usado por psiquiatras e psicólogos. Resultado? As empresas tem a mesma 'personalidade' de um psicopata! É, faz sentido...)
# Jorge Cordeiro @ 17:02
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Mude o Clima
Entrou no ar hoje a campanha Mude o Clima, do Greenpeace. Aquecimento global, desmatamento, efeito estufa, tá tudo lá. A animação é show, obra do pessoal da Almap. Textos d'o escriba.
Quem quiser ajudar na divulgação da campanha, pode copiar links e a imagem acima à vontade. O planeta agradece desde já!
# Jorge Cordeiro @ 12:08
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9 perguntas
quinta-feira, novembro 03, 2005
O pessoal do subMedia fez uma interessante entrevista com Mark Achbar, diretor do documentário The Corporation, que destrincha o modus operandi nada louvável das grandes empresas.
Confira ou no próprio site do subMedia ou aqui, numa cortesia do Guerrilla News Network (GNN) (lá, dê preferência para assistir ao filme em Quicktime, me pareceu mais rápido).
# Jorge Cordeiro @ 01:56
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Veja só
Uma radiografia do 'panfleto'...
E um bom artigo do Observatório da Imprensa, sobre a mesmice de nossos jornais. Ninguém se arrisca ao diferente, é impressionante...
# Jorge Cordeiro @ 00:53
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Vila Madá
quarta-feira, novembro 02, 2005
A panela de pressão da cachola aqui apitou avisando o momento de dar uma desanuviada. Contatei alguns camaradas do GP e fomos prum chope e algo mais na terça à noite na vila madá. A ralação online é insana e morar no Brooklyn pra quem sempre morou em Pinheiros e adjascências em SP é um isolamento desafiador. Já falei pra Ana: na primeira oportunidade, nos debandamos novamente para lá, sem pestanejar. Mas enquanto isso não acontece, faço minhas incursões pela região sempre que tenho uma brecha - e nada como uma terça-feira véspera de feriado para isso. Ok, Martim e Sofia me acordariam cedo na quarta como sempre, mas tava disposto a bancar essa. Não seria a primeira nem a última vez que ficaria meio zumbi pela casa...
E lá fui eu com meu golzinho audaz pra vila madá, encontrar os camaradas num daqueles predinhos do BNH ali no final da Purpurina, sempre me chamaram a atenção, simpáticos. Cheguei primeiro, rua cheia de vagas (uma raridade na região!!). Os caras chegam, trazem um chileno a tira-colo, recém chegado, vai morar no Brasil por uns tempos, saludo!
Depois do pit-stop, fomos a pé para um tal Bambu ali na Purpurina mesmo, puta ladeirão pra subir, puf puf puf, eis que camarada Flufy diz: "Vamos tomar uma no boteco do portuga?" "Bora", respondi de pronto em coro com Madá e Christian, o chileno. Apesar da azia que sentia (uma carne assada hiper-temperada no almoço dá nisso...), uma cervejinha com os amigos num boteco sempre é bem-vinda. Mas eis que me deparo com uma padaria. Ok, paulista gosta de beber em padaria, mas Flufy é carioca da gema e mora há pouco tempo em sampa, porra, o cara me levar pra tomar uma numa legítima padoca?
Mas logo vi que não era bem assim. Como posso dizer? Bem, a padaria do portuga é, digamos assim, um dos lugares mais surreais que já conheci na vida - e olha que não foram poucos... Pra começar, o próprio portuga é um figuraça, o Raul Julia dos trópicos como bem definiu Flufy. Rouco toda vida, cheio de medalhões no peito, nos cumprimentou esfuziantemente, juntou as mesas, colocou cerveja, copos e ligou a jukebox nas alturas (ou já estava ligada? ô memória...). Como soube que um de nós era chileno, tascou um Gipsy Kings e se pos a dançar no meio da padaria! Não pude resistir e comecei a rir. Aí o cara se anima ainda mais e nos oferece um poderoso uíscão. Recusei pois minha gastrite gritou só de pensar. Estava determinado a pegar leve na cachaça.
De dia, ao que tudo indicava, era uma padaria normal, pão, leite, manteiga e tal, mas à noite, principalmente na madruga, era quase uma boate! No final da noite tinha até um deputado estadual na parada! Não sei o nome do cara, mas portuga confirmou. E se ele confirmou, tá confirmado!
Duas rodadas de cerva depois, fomos enfim para o tal Bambu, lugar de música brasileira, xote, baião, xaxado, coco, ciranda, embolada. Como estou com motor 3.7, fiquei imaginando o mico que ia pagar por entre chinelos de couro, batas e a meninada em seus 20 e poucos anos. Mas logo na porta a grata surpresa de ver um pessoal legal, caras boas, gente bonita e alegre de idades variadas. Ok, vamos ver lá dentro.
O som mecânico que rolava era o default, Jorge Ben, Chico Science, Chico Buarque, Jackson do Pandeiro, ok ok, tá bom... entra então um som muito louco, não consigo identificar intérprete mas o ritmo é irresistível e ao final, tchã-nã, a banda aparece no palquinho ao nível do chão. Boa entrada. Eles se apresentam (grupo Cataia, da Ilha do Cardoso, pelo o que soube lá) e começam a tocar. Muito bom, corajosa e criativa mescla de ritmos brasileiros em arranjos modernos e bem trabalhados. Deu pra sacar que os caras não estão ali só para reproduzir o que já foi feito, têm um trabalho próprio consistente. E a molecada lá quase toda conhecia de cor as letras. O tiozão aqui ficou meio de quina, só observando a movimentação dos camaradas que voavam baixo nas gatinhas, sem muito sucesso. Lá pelas tantas, encontramos uma amiga, a Claudia, também do GP, e ficamos trocando uma idéia.
O chileno já tinha se debandado quando vi que já passavam das três da matina. Ops, saída estratégica pela direita... Os caras também desistiram da colheita e rumamos todos para casa. Inevitavelmente passamos novamente no portuga e a padoca estava a mil, som nas alturas, rolando The Doors (Spanish Caravan). O cara tinha incorporado de vez o tipo latino. O mesmo sorriso confiante estampado na cara, nos recebeu aos abraços again. Tomamos uma saideira e comi um pedaço de pizza horroroso (a la carioca, massa dura, haja ketchup pra disfarçar o gosto). A azia virou uma África e eu tentei aplacá-la com um toddynho. Piorou. Mas deu pra chegar em casa na boa. Com uma puta saudade da Vila Madá.
Sou urbanóide, não tem jeito...
# Jorge Cordeiro @ 17:34
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Wu Ming em SP
terça-feira, novembro 01, 2005
Uma das pernas do grupo italiano Wu Ming (que significa anônimo, em chinês mandarim), estará no Brasil para o lançamento do livro 54, o mais recente do grupo.
Hoje o número 3 (aka Luca Di Meo) do grupo estará na 51ª Feira do Livro de Porto Alegre e na quinta, dia 3, vem pra sampa para lançar o livro na livraria Hai-Kai (às 20 horas, o endereço é rua Armando Penteado, 44 - praça Vilaboim - telefone: (011) 3663-4616). Além da manjada sessão de autógrafos, Wu Ming 3 dará uma palestra sobre copyleft e o livre direito de distribuição de informações para fins não comerciais.
Também na quinta-feira, mas do outro lado do oceano, um sujeito chamado Alexander Macgillivray participará de um seminário na Oxford Internet Institute, na Inglaterra, intitulado Google: The World´s Information. Macgillivray é conselheiro 'senior' de produtos e propriedade intelectual da empresa Google e advogado especialista em leis relativas à internet. O tema de sua palestra: a missão do Google em organizar a informação do mundo e torná-la acessível e útil, além das questões legais que isso gera.
Lá, como cá, a palavra se espalha...
# Jorge Cordeiro @ 10:41
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