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                Sem rosa, nem nada 
                       quarta-feira, agosto 10, 2005 
            
             
                       Os americanos, como sempre, eficientíssimos... Croco Press
  Fiz este pequeno texto para ser o editorial da revista do Greenpeace. Ainda não foi aprovado, mas gostei e vou dividi-lo com meus parcos e fiéis leitores. Só pra não dizer que não falei de flores... 
 
 Mas oh não se esqueçam da rosa de Hiroshima, estúpida e inválida, pedia uma antiga canção de Vinicius de Moraes. Na delicada voz de Ney Matogrosso, o poema ecoava os lamentos dos que desapareceram na cidade japonesa no fatídico dia 6 de agosto de 1945. A bomba atômica americana de 60 anos atrás não apenas destruiu milhares de vidas como também lançou uma pesada sombra sobre o planeta – a da era nuclear. Mesmo assim, muitos países se lançaram na perigosa aventura de geração de energia por usinas nucleares, e com o Brasil não foi diferente. Construímos duas usinas caras e ineficientes, e estamos no limiar da construção de uma terceira, Angra 3. Parece que a rosa de Hiroshima foi esquecida. Ou pelo menos ignorada. Bem como as vítimas do Césio-137, em Goiânia, e do acidente da usina de Chernobyl, na Ucrânia. Mas temos que lembrar sempre que essa rosa não tem perfume, nem rosa, nem nada.  
             
                     # Jorge Cordeiro @ 10:59 
            
            
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