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                Bons frutos 
                       sábado, maio 20, 2006 
            
             
                     A árvore genealógica da música sempre me surpreende com bons frutos. Quando não sou eu quem vasculho por seus galhos, é ela que os deixa cair direto no meu colo. Foi o que aconteceu esta semana, quando preciosidades como Sir Lord Baltimore e Frigid Pink me foram apresentados por um camarada lá do escritório de comunicação onde estou frilando no momento. 
 
   Esse é o barato de ser um expedicionário da música (créditos para Bob Dylan, que me parece ter sido o primeiro a cunhar a expressão, no documentário No Direction Home, de Martin Scorsese). Poucas coisas me satisfazem mais do que escutar novos sons, mesmo com décadas de atraso. É até um ato de rebeldia meu, não dar muita atenção à produção musical moderna, não quero compactuar com a qualidade raquítica do que a indústria fonográfica desova dia após dia no mercado, nos empurrando goela abaixo merdas com gosto tutti-frutti. Como bem analisaram Alice Cooper e Lemmy Kilmester (do Motörhead) em entrevista que foi ao ar (o arquivo ainda não foi disponibilizado, mas vai ser, aguarde) dias atrás na rádio Virgin (que rola cá neste blog), it's all about who's next, not who's best anymore... (deixei em inglês porque fica melhor, é algo como: tudo se resume a qual é a próxima novidade, não o que há de qualidade por aí... enfim, não falei que em inglês ficava melhor?)
  Os primeiros acordes de Kingdom Come, do disco homônimo do Sirlordão, me pegaram de jeito. Tava no carro, descendo a Rebouças, na sexta à noite, voltando pra casa. Caraca, quiéisso? Peso, distorção e técnica na medida certa. Só não aumentei mais o volume porque as caixas de som do banheirão estão uma bosta, preciso dar um jeito nisso urgentemente. Power trio de primeira, sem dever nada a Cream e Blue Cheer. Meu oráculo (o Google, claro) me revela um artigo de 1971 da revista Creem em que o jornalista compara o som também a Led Zeppelin do segundo álbum (aquele de Whole Lotta Love, The Lemon Song e Ramble On), MC5 e Johnny Winter (pelos vocais). Porra, precisa mais?
 
   Frigid Pink é de Detroit. Pronto, não tenho que falar mais nada. De lá saíram The Stooges e The Dirtbombs, já é credencial suficiente pra eu dar atenção ao som. E a estatística continua altamente favorável a Detroit Rock City, porque o Frigid Pink é ducaralho. É mais sujo e menos viajandão que o Sir Lord (que é do Brooklin, Nova York), mas com balanço e belas guitarras. Tem até balada com corinho e tudo! E nesse disco de estréia (final da década de 1960), os caras fizeram uma das versões mais legais que já escutei para House of The Rising Sun.
  As duas bandas têm em comum que não duraram muito tempo e seus integrantes se dispersaram por aí. Mas taí a Internet que não nos deixa perder esse som maneiro. Já passei tudo para MP3, agora é só ir ao P2P mais próximo!
 
   Aproveitando o assunto música, vou reproduzir aqui algumas dicas passadas por amigos e leitores d'O Escriba. Primeiro a inacreditável Bad Music Radio, com uma seleção inacreditável de sons bizarros - sem falar na coleção das piores capas de discos já feitas na história (dá uma sacada nessa aí...). Na rádio, sugiro uma audição mais atenciosa à versão de Rocket Man (sucesso de Elton John) por ninguém menos que William Shatner, o capitão Kirk de Jornada nas Estrelas. Olha, vou confessar, achei deveras interessante a mistura, Kirk é o próprio homem-foguete, porra! (dica do Carlos Henrique, valeu!
  Outra veio do meu camarada Albert: é a trilha sonora dos que aplaudiram a ação violenta e tresloucada da polícia paulista nos últimos dias. Com canja de Zé Rodrix nos teclados e tudo! 
             
                     # Jorge Cordeiro @ 21:38 
            
            
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