Antídoto pro carnaval
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Se o Martim melhorar, sábado estaremos na estrada rumo ao Rio, pra apresentar a cidade à Sofia. Mas se não rolar, ficarei em sampa mesmo, tentando fugir de mais um bombardeio da mídia: o carnaval. Já tivemos o ectoplasma dos Stones, a verborragia oca de ostentação expurgatória do U2 e agora vão nos entupir com confetes e serpentinas, mesmo contra a vontade da maioria dos brasileiros, que não curtem carnaval. Mas como a maioria das empresas de comunicação têm intere$$e$ na festa, toma-lhe baticum!
Sem problemas, podem vir quente com essa merda toda que estou bem preparado, montei um bom kit de sobrevivência. A começar pelo livro Pornô, de Irvine Welsh, que acabei de ganhar, com os personagens de Trainspotting 10 anos depois (tem umas boas críticas ao livro neste site aqui). Os caras decidem montar uma produtora de filmes pornográficos, é tudo que sei até agora. Comecei a ler hoje mesmo, no ônibus voltando pra casa depois de mais um dia estafante no trampo. Lá pelas tantas não consegui segurar o riso quando li esta passagem:
Olho pra baixo e vejo aquele crânio acinzentado, os olhos cansados que insistem em me encarar e acima de tudo aqueles dentes enormes, metidos em gengivas que se retraíram por causa do consumo de drogas, subnutrição e completa ausência de cuidados odontológicos. Sinto como se eu fosse Bruce Campbell em alguma cena cortada de Uma Noite Alucinante III, onde ele tá sendo boqueteado por um morto-vivo. Bruce reduziria a pó aquele crânio delicado, e agora preciso cair fora antes que sinta vontade de fazer o mesmo e antes que meu caralho amolecido seja feito em pedaços por aquele pelotão de dentes podres. (Sick Boy comentando o bola-gato que está recebendo de uma mina podreira no banheiro do amigo trafica)
O livro pulou na frente de uma longa lista que aguarda eu terminar o Johaben: Diário de um Construtor do Templo, do Zé Rodrix. Entre eles estão Guia do Mochileiro das Galáxias (Douglas Adams) (foi mal Ju... mas vou ler, vc vai ver!), Utopias Piratas (Peter Lamborn Wilson, ou seria Hakim Bey?) e Voice of Fire (Alan Moore, que já li, mas em português. A tradução, feita por Ludmila Barros, é uma obra de arte a parte. Agora vou encarar no original, porque dizem ser muito foda de bom. E comprei pela internet uma belíssima edição em capa dura, de um cara que é especialista no escritor inglês, ele mantém a duras penas um portal sobre o mago de Northampton, vendendo HQs, livros e filmes, muitas raridades, entrega pelo correio, serviço de 1a.).
A TV só vai ser ligada ou pra ver Discovery Kids com Martim ou pra ver DVD. No caso, uns oito capítulos da série Roma, da HBO, me aguardam nos disquinhos que seu Zé, meu sogro, gravou. Já tinha começado a ver, mas faltou tempo pra continuar, agora vai. Se der, revejo o documentário No Direction Home, sobre o período mais fértil da carreira do Bob Dylan, de 1959 a 1966, quando gravou Blonde on Blonde. Ouvi um boato por aí que Martin Scorsese tem material para mais um filme tão grande quanto (3 horas), não seria nada mal.
E a música, claro. Muito roquenrol nas idéias pra abafar o leleô, leleô que vai ecoar aqui e ali - sempre tem um puto que fica a madruga inteira vendo a porra dos desfiles, carioca e paulista. Então, toma-lhe Hermano (... Only a Suggestion), Living Things (Ahead of the Lions), Bob Dylan (Blonde on Blonde, Bringing It All Back Home e Blood on the Tracks), Curtis Mayfield (Curtis), Secos & Molhados (o das cabeças na mesa, não deixem de conferir os dois comentários brazucas lá na Amazon, o ufanismo sempre descamba pra indigência mental...), Achados e Perdidos - Um Tributo Valvulado aos Anos 70 (coletânea com várias bandas independentes brasileiras, é só baixar no site da gravadora, com capinha e tudo!), Unida (Coping With the Urban Coyote), David Bowie (Hunky Dory) e Seu Jorge (The Life Aquatic Sessions, ele cantando Bowie, sensacional).
De carnaval, só mesmo o livro do meu camarada João Gabriel de Lima. Bom, e têm os blocos infantis também. O que a gente não faz pra agradar aos filhos, né mesmo?
# Jorge Cordeiro @ 23:40
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Começou a encheção de saco...
Pergunta: Se a maioria dos brasileiros NÃO gosta de carnaval, conforme atestam diversas pesquisas de opinião - em 2004, o instituto Sensus mostrou que 57,4% não querem nem ouvir sobre o assunto -, então porque todas as mídias nos enchem tanto o saco com isso?
# Jorge Cordeiro @ 19:12
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Googlezon 2015
Versão mais atualizada do futuro...
# Jorge Cordeiro @ 11:43
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Googlezon
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Vc está preparado para o futuro?
# Jorge Cordeiro @ 02:09
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Rambo turco
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Quem com rambo fere, com rambo turco será ferido. Acho que os 'brimos' estão finalmente aprendendo a revidar na mesma moeda... Onde isso tudo vai parar é que é o problema. O curioso é que organizações judaicas e americanas querem impedir a exibição do filme na Alemanha e em outros países europeus, onde já começa a fazer sucesso. Dizem que pode alimentar o sentimento antiamericano. Ué, e os milhares de filmes que Hollywood lança aos borbotões todos os anos retratando árabes, negros e russos como vilões sanguinários? Não contam? No dos outros sempre é refresco...
# Jorge Cordeiro @ 23:44
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Woody Allen faz cinema como poucos
domingo, fevereiro 19, 2006
Se tem um cineasta que consegue pelo menos um rasgo de genialidade a cada filme que faz, esse cara é Woody Allen (o cara tem site! E é dos bons!). O tempo passa e ele mantém fidelidade a um estilo elegante de contar boas histórias, unindo densidade e simplicidade na medida certa. As tramas se entrelaçam com uma facilidade invejável, os figurinos, cenários e músicas realçando esse estilo elegante, conspirando pelo refinamento geral, inebriando o espectador tal qual vinho a discutir a existência humana. Uns mais, outros menos, mas na média, filmaços. E sempre com pelo menos uma grande sacada - o ator desfocado em Desconstruindo Harry, o cara que viaja no tempo pela tela do cinema em Rosa Púrpura do Cairo, o outro que assimila as idiossincrasias dos interlocutores em Zelig, o coral grego que interfere aqui e ali em Poderosa Afrodite (a secretária eletrônica de Zeus é uma das cenas mais engraçadas do cinema mundial...), o diretor que fica cego em Dirigindo no Escuro, o bandidão que dá dicas a um autor fracassado em Tiros na Broadway, os crimes cometidos sob hipnose em O Escorpião de Jade (Constantinopla! Madagascar!), a transposição de Crime e Castigo de Dostoievsky para uma Nova York sonsa...
Com Melinda e Melinda, que acabei de ver no DVD, não é diferente. Uma mesma história contada como tragédia e comédia, idas e vindas, uma personagem central, dois mundos paralelos, Bela Bártok, Duke Ellington, Stravinsky pontuando os primorosos diálogos. Uma bela e corajosa maneira de fazer cinema. São poucos os diretores da atualidade que conseguem fazer isso bem. Allen é o mestre deles todos.
@@@@@@
Aos que estão irritados comigo porque detonei o show dos Stones em Copa, um presente: o disco Jamming With Edward para baixar (aqui). Quem nunca usou o rapidshare, segue um tutorial. Bom som a todos!
# Jorge Cordeiro @ 22:45
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E a galera bate palma...
Em qualquer país civilizado, o que aconteceu em Copacabana nesta noite de sábado seria um ponto de não-retorno para esses mega-eventos na praia. O prefeito seria chamado na chincha, a imprensa estaria caindo de pau, haveria protesto de moradores pelas ruas do bairro antes, durante e depois do show. Os organizadores do evento ganhariam uma pesada multa e nunca mais permitiriam tal desrespeito com a cidade. Parece que o Ministério Público vai pra cima das 'otôridades' pra cobrar explicações sobre o caos no mar, na areia e no asfalto, mas não vai dar em nada, alguém duvida? Vivemos no Brasil e la nave va... pra onde eu não sei - ou temo imaginar. Mais uma vez maltrataram a cidade, e o carioca não tá nem aí, vai se vangloriar de ter visto o maior show de todos os tempos, meio patético, mas enfim... Tudo isso pra ver Jagger e companhia ruminarem antigos sucessos, de forma cada vez mais tosca. Vi pela TV. Tumbling Dice, Midnight Rambler, You Got Me Rocking, aceleradas, deformadas, meio nas coxas, disfarçadas sob toneladas de palco, telões, luzes e efeitos mis. Tocadas a toque de caixa, tipo 'vambora que isso aqui tá quente pra caralho e vai derreter a corega...' Mas a galera vibra, ô se vibra. Eu vibraria. Esses grandes shows de roquenrol têm um Q de fascismo, se Jagger gritasse ali 'vamos invadir essa porra de área VIP', sai de baixo, ia voar celebridade pra tudo quanto é lado. Mas os caras dos Rolling Stones não querem confusão, estão com o boi na sombra e ai de quem pertubá-lo.
Quando Keith pegou o violão pra cantar com sua voz de taquara rachada, desliguei a TV concretizando algo que sempre quis fazer nos discos, pular a faixa que ele cantava, geralmente as piores do álbum, com exceção talvez de Happy, do Exile on Main Street. Nunca o fiz em respeito a uma norma que tenho em relação a obras de arte. Nunca pulo faixas de disco, nunca desligo o som no meio de uma música, nunca paro de ler um livro no meio e nunca desisto de um filme.
Preferi ver um DVD com a patroa. Menina de Ouro, mais uma obra-prima de Clint Eastwood. E agora estou aqui, escrevendo esse texto mal-humorado ao som de Jamming With Edward, disco gravado em 1969 durante as sessões de Let It Bleed mas só lançado pelos próprios Stones em 1972. Uma farra no estúdio, um dia Keith se atrasou, tava chapado no quarto e, enquanto não chegava, Jagger, Bill Wyman, Charlie Watts, Ry Cooder e Nick Hopkins (o tal 'Edward') botaram pra quebrar e deixaram gravando. Achei na feira da Benedito Calixto, nem paguei tão caro, R$ 25.
Já estão falando em trazer o Pink Floyd. Sugestão? Que tal a banda tocando no Cristo Redentor, com um mega-telão caindo pela encosta do Corcovado e outros milhares espalhados pela zona sul, com as respectivas caixas de som? Com certeza vai bater mais um recorde: de público e de desrespeito à cidade. Fácil.
# Jorge Cordeiro @ 03:52
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Stones? U2? Hum... não, obrigado
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Outro dia me perguntaram se eu não estava empolgado com a vinda dos Rolling Stones e do U2 ao Brasil. Respondi que nem um pouco, não me interessa em nada. Curto roquenrol, sou fã dos Stones e fui nos dois shows anteriores (em 95 no Maracanã e em 98, na Praça da Apoteose, ambos no Rio), mas esse na praia de Copacabana tá com a maior cara de mico total. Sem chance.
Pra começo de conversa, os Stones são um mero pastiche do que foram tempos atrás. Deveriam ter parado depois de Tatoo You, em 1981. De lá pra cá, não produziram nada de interessante, opa, tudo bem, tem o Stripped, de 1995, que incluia apresentações ao vivo em pequenas casas de show, nada desses mega shows de estádio (ou praia) em que vc passa mais tempo olhando pro telão ou procurando alguém conhecido ao redor do que para o palco. Não tenho mais saco pra isso. Aliás, acho que nunca tive. Fui ao maraca em 95 porque era a chance de vê-los ao vivo pela primeira vez. Lembro que praguejei muito pelo fato de ser num estádio - e olha que consegui ficar relativamente perto do palco. Nada que Jumping Jack Flash, Parachute Woman ou Tumbling Dice não me fizessem esquecer logo. Pulei pra caramba, quase quebrei o pé num dos buracos q surgiram ao longo do show no imenso tablado que protegia o gramado - era o pessoal arrancando tábuas pra poder dar uma boa mijada, já que os banheiros ficavam longe pacas, eram imundos e as filas, quilométricas -, e fui um dos que ovacionaram Charlie Watts, quase levando às lágrimas o contido batera.
Meu irmão protagonizou à época duas cenas divertidíssimas. Ele organizou uma excursão de Brasília pro Rio pra trazer um pessoal pra ver o show. O ônibus, velho toda vida, parece que quebrou umas três vezes na estrada e o motorista não sabia rodar na cidade maravilhosa. Estava eu no aniversário da minha sobrinha em casa à tarde e me liga o Beto: "Pô, já tô no Rio, mas perdido. Como faço pra chegar no Maracanã, Jorge?". "Vc tá onde?" "Tô na Lagoa..." "Lagoa?!? Como vcs foram parar aí??" Eles passaram pelo Maracanã e nem se deram conta!! E foi um custo pra ensinar o motora a chegar no maraca. Na volta, mais perrengue, o ônibus quebrou de vez, na praia de Ipanema. Ficaram quase o dia inteiro, de ressaca, sob um sol de lascar, esperando a empresa mandar outro veículo. E caíram no mar de cueca, calcinha e sutiã, maior farra, os candangos invadiram a praia! Fui lá dar uma força, até fiquei com pena. Batizei a empreitada toda de perrengue tour. :)
Encontrei meu irmão e sua turma na frente do estádio já no finalzinho do show da Rita Lee (agora atacam de Titãs... a falta de criatividade é impressionante, são sempre os mesmos, Titãs, Paralamas, Barão, Rita Lee... alugaram nosso gosto, bem diz Zé Rodrix!) e achei o Beto forte pacas. Estava grandão, com uma jaqueta de couro, parecia um daqueles leões-de-chácara de boate... "Caramba, Beto, vc tá enorme, heim?" E ele, rindo, abriu a jaqueta e me mostrou a camiseta que tinha bolado, da boca com a língua dos Stones aplicada sobre a bandeira brasileira. "Legal, vc quem fez?" "Sim, quer comprar uma?" "Quero, quanto?" Ele tira a camisa e, embaixo, vejo outra. O cara tinha vestido umas 10 camisas para poder entrar com elas e faturar um troco lá dentro! Se bem me lembro, vendeu todas (foi isso mesmo, Beto?). O pessoal olhava, gostava, perguntava onde tinha arrumado e ele tirava a camisa e vendia...
Em 98, teve um puta plus a mais, Bob Dylan abrindo a noite, esporrante, o velhinho mandou ver num set enxuto, roquenrol total. Muita gente reclamou porque as músicas ficaram irreconhecíveis, mas porra, música é isso aí, mutação constante, pedras que não rolam criam limo, e de bobo, dylan não tem nada. Além desse aperitivo ducaralho, a produção dessa segunda apresentação dos Stones teve a grande sacada de colocar um mini-palco no meio da galera pra que Jagger, Keith, Wyman, Wood e Watts pudessem reviver os bons tempos dos cafofos nos quais se apresentaram durante anos antes do estrelato. E mandaram praticamente o mesmo repertório do Stripped. Eu nem tinha reparado que estava do lado desse palco menor até o momento em que eles desapareceram do palco principal e surgiram assim, do nada, do meu lado esquerdo, pertinho pertinho... putz, inesquecível, Stones voltando às origens ali.
Agora, nesse show da praia, não vejo o que eles podem acrescentar. O som é manjadíssimo, as músicas novas medíocres e a distância do palco vai ser, ao que parece, ainda maior do que é num estádio, graças à área VIP que insistem em colocar em eventos ao ar livre e gratuitos. Porra, ser VIP nesse tipo de show é o cúmulo do esnobismo. A galera da geral tinha que dar um banho de areia nesses putos... VIP que é VIP vai assistir aos Stones em Paris, Londres, Nova York, na casa do Mick Jagger, sei lá...
Sim, eu sei, tem muita gente que não viu os dois shows anteriores, e vai se esbaldar, tenho certeza. Eu me esbaldaria, encontraria amigos das antigas, faria novos, enfim... Mas não há como esconder: o show, em si, é fraaaaco, mais do mesmo. Muitos no entanto mentirão pra si mesmos, dirão que foi impecável e tal, incapazes que são de admitir a real, hipnotizados que estão pela maçaroca de publicidade que receberam ao longo das últimas semanas. Como fomos também em 95 e 98, mas havia atenuantes (ineditismo, bob dylan, mini-palco).
Caíamos na real. Os Stones não são exímios instrumentistas e nada produziram de relevante nos últimos 20 anos. Os melhores músicos da banda se mandaram há tempos - Brian Jones (r.i.p.), Mick Taylor, Bill Wymann (que está em turnê na Europa com seu Rhythm Kings, esse bem que poderia vir pro Brasil). Watts é simples e eficiente, e gente boa pacas. Keith ganhou experiência e se aprimorou, é um bom criador de riffs e tal, nada muito além disso, e que faz uma dobradinha azeitada com Ron Wood, outro bom guitarrista, mas uma pálida sombra do que foi na época no The Faces que tinha ainda Rod Stewart e Ronnie Lane. Foi quando foi convidado para os Stones substituindo justamente Mick Taylor. E Jagger, bem Jagger segura a onda pulando que nem um macaco (talvez daí a decoração amazônica do palco, putz, mais cafona impossível...), sem esconder que é um senhor de 60 anos e como tal é totalmente dependente dos efeitos da mesa de som. Enfim, se for pra ser totalmente sincero, esse show tem mais apelo pela badalação social e oba-oba típico dos eventos cariocas do que por ser um bom show de roquenrol. O resto é marketing de quem quer vender jornal e ter um bom ibope na noite de sábado.
E o U2... bom, nunca fui muito fã deles. Tô cagando e andando solenemente.
# Jorge Cordeiro @ 03:06
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Requião e as mamonas
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Esse cabra é foda... mastigar semente de mamona não é pra qualquer um não!! Quem não viu, essa é a hora! É só clicar aqui! (cortesia do pessoal do Kibe Loco)
# Jorge Cordeiro @ 11:34
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Sarava Club
Um blog, muitos discos pra baixar. Dica do meu camarada Albert, o Sarava Club traz um monte de títulos dos Beatles e de Jorge Ben, e raridades como The Life Aquatic Studio Sessions Featuring Seu Jorge (não lançado no Brasil) e Jazzmatazz, uma mescla genial de hip-hop e jazz. É só seguir os links. E lembre-se: ninguém viu nada...
# Jorge Cordeiro @ 11:26
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Tributo Valvulado aos Anos 70
domingo, fevereiro 12, 2006
Uma das coletâneas de roquenrol mais interessantes já feitas no Brasil não está à venda em nenhuma loja do país. Não, ela não está esgotada, nem sofreu algum tipo de boicote. Batizada de Achados e Perdidos - Tributo Valvulado aos Anos 70, essa coletânea simplesmente foi lançada apenas na internet, onde pode ser baixada gratuitamente. E não só as músicas. Quem quiser, pode baixar também as capas, contra-capas e ficha técnica das músicas, até o rótulo para o CD, para montar seu próprio disco em casa.
A coletânea reúne 27 bandas independentes brasileiras (a maioria de São Paulo) que homenageam grupos nacionais e estrangeiros. Boa parte das músicas escolhidas são obscuras, conforme regra estabelecida pelos organizadores.
- Isso foi definido desde o início do projeto. Se alguém resolvesse tocar Led ou Sabbath, deveria ser uma música menos conhecida. Daí, começamos a conversar com as bandas. Na verdade, escolhemos as bandas e não as músicas - lembra José Antunes, ou simplesmente J. Antunes, idealizador do projeto e baixista de um dos grupos que participa da coletânea, o BillyGoat, que apresenta uma versão poderosa de Amor, do Secos & Molhados.
J. Antunes vive e respira música 'stoner'. Além do grupo, que começou em 1997, ele mantém na internet o portal Planeta Stoner, especializado nesse tipo de música, e uma gravadora, a Válvula Discos. Há quem não goste do adjetivo 'stoner' por ter uma certa ligação com as drogas ('get stoned' é uma gíria para 'ficar doidão'), mas Antunes prefere ver apenas como uma referência musical.
- Quando se apresenta uma nova banda, você só será capaz de imaginar sua sonoridade antes de ouví-la se lhe for dada uma referência como "parece uma mistura de Grand Funk com Black Sabbath". O 'stoner rock' é uma reedição do som pesado dos anos 70 e, como tal, apresenta nuances que podem ir do som pesado ao blues, passando pelo psicodélico e progressivo... - explica ele.
'Stoner rock', para quem ainda não sacou, é um estilo calcado no som feito na década de 1970, com guitarras rascantes e baixo marcado, com muitos efeitos nos pedais, como o fuzz e o wah-wah. Fumanchu, Kyuss, Nebula, Brant Bjork e Monster Magnet estão entre os principais representantes da cena 'stoner' atual.
A coletânea, no entanto, focou em grupos mais antigos, considerados precursores do estilo. Na lista, dinossauros famosos como Focus, Humble Pie, Rolling Stones, Motorhead, ZZ Top e Grand Funk Railroad, mas também raridades como Budgie, Blue Cheer, Sweet e Mountain. Dos nacionais, Mutantes e Raul Seixas estão lá, mas também Patrulha do Espaço, Casa das Máquinas, Módulo 1000 e Saracura, banda gaúcha de Nico Nicolaiewsky, que tempos depois se juntou a Hique Gomez para formar uma hilária dupla no espetáculo Tangos & Tragédias.
No Brasil, além do próprio BillyGoat de J. Antunes, são legítimos representantes desse som bandas como Carbura, MQN, Sonic Volt, Flaming Moe e Água Pesada, que fez uma das versões mais interessantes do disco, Alô, Alô Marciano, de Rita Lee - eternizada na voz de Elis Regina.
- Tem a ver com minhas lembranças de criança, minha mãe ouviu muito esse som e ele ficou na minha cabeça. Um dia, brincando com o violão, descobri que podia virar um rockão pesado de primeira - lembra Ricardo Faller, vocalista do grupo Água Pesada responsável pela pérola. Ele é um dos maiores entusiastas do projeto da coletânea virtual.
- Todo mundo sabe a história do rock independente no Brasil, é tudo feito na raça. A idéia dessa coletânea é perfeita porque os custos são muito, mas muito baixos mesmo. E se adapta a um hábito que é muito comum a quem gosta de música que é garimpar pela internet - diz ele, confiante no sucesso da empreitada.
Pois é, a vida é dura e a banda, larga. Foi-se o tempo em que era preciso rezar pela cartilha das grandes gravadoras para conseguir um lugar ao sol no concorrido mundo da música. Com a internet chacoalhando geral as arcaicas estruturas desse mercado, horizontes promissores estão se abrindo para quem meter as caras e mostrar um bom som. Os malucos do Beatallica, o talentoso DJ Dangermouse e seu Grey Album, os ingleses do Artic Monkeys, e os brasileiros do Mombojó são provas de que há algo de novo no mundo da música. Quem curte um bom som só tem a agradecer.
# Jorge Cordeiro @ 16:54
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Stallone ataca de Poe
sábado, fevereiro 11, 2006
Um misto de horror e felicidade. Foi o que senti quando soube que a cinebiografia de Edgar Allan Poe (1809-1849), um dos meus autores preferidos, está a cargo de Sylvester Stallone. Sim, ele mesmo, Rambo (ou Rocky Balboa, como queira). E pior: além de dirigir, vai escrever o roteiro também!! Ai, ai ai... Pelo menos ele escolheu um ator de primeira para fazer o poeta, escritor e jornalista americano. Será Robert Downey Jr., que fez Chaplin no cinema. Estou curioso pra saber quem fará o papel da prima de Poe, que com ele casou quando tinha meros 13 anos.
Mas as boas pedidas são outras. Como o romance de Stephen Marlowe sobre o mistério que cerca a morte de Poe - ele sumiu durante uma semana antes de ser encontrado desacordado, completamente bêbado, na sarjeta), que será transformado em filme pelas mãos do cara que levou a história do homem elefante para as telas.
E tem ainda um projeto pra lá de ousado. Ulli Lommel, diretor de Boogeyman (filme de 1980, muito bom, uma história sobre uma criatura que vive dentro de um espelho e mata os que nele se olham) quer filmar cinco contos do americano: O Corvo, A Queda da Casa de Usher, O Poço e o Pêndulo (genial esse), Assassinatos na Rue Morgue e A Máscara da Morte Vermelha. Pelo o que li neste portal português de cinema fantástico, deve estar estourando por aí. Tomara que consiga emplacar em pelo menos uma sala de cinema de São Paulo.
# Jorge Cordeiro @ 16:18
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World Press Photo
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
(clique na foto para aumentar o tamanho)
Os vencedores de 2005 já foram divulgados (ver aqui) e a escolhida como foto do ano foi esta, do fotógrafo canadense Finbar O'Reilly. Mas a que ilustra este tópico, sugerida por meu camarada Fábio Mello e que ficou em segundo lugar, também é impressionante por resumir tão bem os horrores dessa guerra estúpida empreendia por Bush Jr. e seus asseclas...
# Jorge Cordeiro @ 11:51
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Amén, Google!
Acho que sou um dos fiéis mais assíduos dessa igreja, porque todos os dias faço inúmeras perguntas ao oráculo...
E essa definição? Genial!
If I can operate Google, I can find anything. And with wireless, it means I will be able to find anything, anywhere, anytime. Which is why I say that Google, combined with Wi-Fi, is a little bit like God. God is wireless, God is everywhere and God sees and knows everything. (Alan Cohen, vice-presidente da Airespace, um provedor Wi-Fi)
# Jorge Cordeiro @ 10:58
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Nova onda
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
iPod Mini, Nano, Shuffle? Nah, o grande sucesso vai ser este novo lançamento da Apple, o iPod Flea! (Ae, Tati, maneiríssimo, não? ;)
# Jorge Cordeiro @ 02:01
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Políticos doidões
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Taí, poderíamos organizar mais protestos como esse, que tal?
Deputados italianos fumam maconha para protestar contra lei
EFE
ROMA - Para protestar contra a lei que equipara drogas leves e pesadas, com penas mais duras que as atuais, um grupo de seis deputados de centro-esquerda se reuniu na entrada da Câmara para fumar um cigarro de maconha. A lei ainda não foi aprovada, mas deverá ser.
Ela estabelece uma única categoria de substâncias entorpecentes, da maconha á heroína, passando por haxixe, cocaína e eccstasy.
Uma condenação pode levar a uma sentença de seis a 20 anos de deteção, além de multa de 260 mil euros. O portador de uma quantidade para consumo pessoal terá sentença menor e alternativa, como cancelamento do passaporte ou da carteira de motorista. O limite não será decidido pelos deputados, e sim pelo Ministério da Saúde.
# Jorge Cordeiro @ 17:57
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EUA tem poderio bélico, Irã tem 20 milhões de guerrilheiros....
O assunto tá na ordem do dia, mas muitos ainda não se deram conta... E as razões dessa nova guerra estão bem explicitadas neste outro artigo aqui. Artigos em inglês.
# Jorge Cordeiro @ 11:08
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Islã x Secularismo?
Robert Fisk não acha e eu tendo a concordar com ele. Leia aqui o seu artigo. Está em inglês. Segue o trecho final traduzido por este escriba:
... De qualquer maneira, não se trata de saber se o profeta deveria ou não ser retratado. O Alcorão não proíbe imagens do profeta mesmo que milhões de muçulmanos assim o façam. O problema é que essas charges retrataram Maomé como um tipo de violência ao estilo Bin Laden. Eles retrataram o Islã como uma religião violenta. Não é. Ou nós queremos que seja?
# Jorge Cordeiro @ 11:03
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Olho por olho, charge por charge
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Acabei de ver Jesus fumando um baseado... Essa briga de charges tá começando a ficar interessante. E agora um jornal iraniano convocou um concurso internacional de charges sobre o holocausto. Irracionalidade gera irracionalidade, violência gera violência, estupidez gera estupidez...
Vamos ver até que ponto a imprensa banca essa liberdade de expressão torta. Sim, torta, é só ver que até agora nenhum veículo de comunicação publicou a charge de Hitler na cama com Anne Frank - afinal, jornalisticamente ela é relevante, porque foi um dos primeiros revides da comunidade árabe (leia-se Liga Árabe-Européia) às charges de Maomé. E aí?
Os dinamarqueses erraram na provocação barata em nome de uma pretensa liberdade de expressão. Os árabes estão errando no revide violento. Liberdade de expressão pressupõe respeito e bom senso. No mínimo.
# Jorge Cordeiro @ 20:49
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Liberdade de expressão ou puro deboche?
A liga árabe-européia colocou em seu site na internet imagem de Hitler deitado na cama com Anne Frank com a seguinte justificativa:
Após a lição que árabes e muçulmanos receberam dos europeus sobre liberdade de expressão e tolerância, e depois de muitos jornais terem voltado a publicar as charges dinamarquesas do Profeta Maomé, a LAE decidiu entrar no processo. Assim como os jornais europeus dizem querer apenas defender a liberdade de expressão e não estigmatizar os islâmicos, nós também ressaltamos que nossas charges não pretendem ofender ninguém e nõa devem ser vistas como uma posição contra qualquer grupo, comunidade ou fato histórico. Se é a hora de quebrar tabus e passar o sinal vermelho, decididamente não queremos ficar para trás.
Com a publicação das charges ofensivas a Maomé (veja uma delas aqui), os jornais europeus tiraram um perigoso gênio da garrafa. O desrespeito e deboche venceram no jornalismo em nome de uma liberdade de expressão torta. Algum jornal se candidata a publicar o Mein Kempf, livro que Hitler escreveu em 1927, em capítulos? Ou dar mais espaço à discussão que o presidente do Irã propôs sobre o holocausto e o número de judeus mortos - historiadores revisionistas não faltam... E que tal também distribuir de brinde nas edições dominicais o livro Os Protocolos dos Sabios do Sião, o mesmo que foi apreendido numa livraria em São Paulo semanas atrás? Não lembro de ninguém protestando contra esse atentado à liberdade de expressão...
Ou vale pra todo mundo ou não vale pra ninguém...
# Jorge Cordeiro @ 10:03
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Acabou
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# Jorge Cordeiro @ 00:02
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"Isso é mamona, pô!"
domingo, fevereiro 05, 2006
Uma das cenas mais engraçadas que já vi na TV aconteceu sexta-feira em Brasília. Após cerimônia oficial no Palácio do Planalto em que Lula discorreu sobre o bom programa de biodiesel brasileiro, o presidente recebeu em seu gabinete o governador do Paraná, Roberto Requião, que é conhecido por sua, digamos, macheza. Lula explicava a ele detalhes do programa e tirou de um pote um punhado de sementes de mamona e as deu a Requião, que imediatamente enfiou tudo na boca e começou a mastigar. Sem acreditar no que via e segurando o riso, Lula ainda tentou demover Requião: "Isso é mamona, pô!"
Requião falou de boca cheia algo como "É bom", e continuou mastigando, para felicidade dos fotógrafos. Lula, incrédulo, olhou para alguém fora da imagem (provavelmente algum assessor que devia estar rolando de tanto rir...) e avisou quase explodindo em gargalhadas: "Vc sabe que a mamona tem uma toxina que..." E o Requião imediatamente vira a cara e cospe tudo... hahahahaha, sensacional!!
# Jorge Cordeiro @ 17:32
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Coragem
sábado, fevereiro 04, 2006
Se é pra morrer, que seja com as botas calçadas
# Jorge Cordeiro @ 00:49
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Salvem o nabo gigante!!!
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
Pára tudo!! O caso é sério, estou até agora estarrecido com a história! Os japoneses não falam de outra coisa, confira aqui!
# Jorge Cordeiro @ 21:08
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Site com caixa 2 do PSDB sai do ar
A página pontoflash que tinha a tal lista com os 156 parlamentares que receberam quase R$ 40 milhões de Furnas por meio de caixa 2 saiu do ar, mas a-há, tem outra! É essa aqui. Recomendo aos interessados que salvem em seus computadores as cópias facsímiles que estão na página só pra evitar o sumiço total delas, e PSDB, PFL, PMDB, PDT e afins saiam dessa história toda como anjinhos barrocos, fiéis depositários da moral e da justiça (sic, sic e mais um sic!)...
A página saiu do ar por motivos bem interessantes, sobre os quais falarei em breve - estou só aguardando um ok para entrevistar um personagem central nessa história toda.
# Jorge Cordeiro @ 15:40
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Ponta do iceberg
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Roberto Jefferson, ele de novo, botou a boca no trombone em seu depoimento hoje na Polícia Federal. Ele confirmou ter recebido R$ 75 mil de Furnas, no bom e velho caixa 2, sendo o primeiro daquela lista de 156 nomes divulgada no final do ano passado a admitir isso. A tal lista vem sendo investigada pela PF, mas a imprensa está toda cautelosa, hesitando divulgar os nomes e tal, mas acho que não vai ter jeito, já já o assunto vai transbordar e aí...
Só pra não perder o foco: a relação (tá aqui, pode ler e conferir) foi feita por um ex-diretor da estatal, o Dimas Fabiano Toledo, que relacionou os políticos que receberam dinheiro para a campanha de 2002. Não há políticos do PT, claro, afinal na época quem dava as cartas era o PSDB. Cada um com suas fontes de financiamento de campanha, né mesmo?
Entre os citados na lista estão José Serra (R$ 7 milhões), Geraldo Alckmin (R$ 9,3 milhões), Aécio Neves (R$ 5,5 milhões), ACMzinho Neto (R$ 150 mil), José Carlos Aleluia (R$ 75 mil), Severino Cavalcanti (R$ 180 mil), Eduardo Paes (R$ 250 mil), Rodrigo Maia (R$ 200 mil), Alberto Goldman (R$ 150 mil) e Zulaiê Cobra (R$ 75 mil), entre outros.
Como se vê, vários que posam de arautos da moralidade em Brasília estão aí. Quero ver quando zumbi chegar, eu quero ver o que vai acontecer...
# Jorge Cordeiro @ 00:32
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